sexta-feira, 22 de abril de 2011

Plantas Aquáticas Flutuantes

Plantas Aquáticas Flutuantes

Lentilha D'Água (Lemna sp.)

Nome Cientifico: Lemna sp.
Cuidado: Fácil
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Qualquer
Origem: Cosmopolita
Planta flutuante exclusivamente aquática, muito pequena (cerca de 4 mm), de cor verde, muito prolífera, e apresenta uma única raiz. A espécie representa bem o gênero, que não é muito amplo. Existem algumas espécies e variantes das mesmas, sendo bastante difícil a identificação. Alguns peixes consomem grandes quantidades da mesma, de certa forma pode ser interessante, pois ajuda no equilíbrio do lago, tanque ou aquário.
As lemnas foram o milagre dos meus aquários! Consomem amônia tóxica como loucas! Multiplicam-se quase que explosivamente, e cobrem a superfície dos aquas em que eu não as limito com um círculo de mangueirinha ('ilhas'). Eu sempre a uso junto com a espirodela (que é parecida, mas é um pouco maior e tem 3-5 raízes curtas e durinhas). As lemnas são as menores dicotiledôneas conhecidas, e seu fruto é maior que ela mesma (assemelha-se a uma sementona de uva boiando). Contudo, é muito raro ele se formar (quanto mais em aquários, nos meus nunca vi). Elas são um bom alimento para caramujos (que eu gosto de manter nos aquários), quando faltam algas ou detritos quaisquer, mas eles nunca conseguiram comer mais rápido do que ela se reproduz, em meus aquarios. Pretendo fazer um dia uma dessas ilhas de flutuantes com pequenos animais terrestres sobre elas, e conto com as lemnas e espirodelas para preencher os espaços entre as outras flutuantes pelo modo como se reproduzem rapido e são pouco exigentes em quantidade de luz. Contudo devo dizer que elas são um pouco incovenientes para se mexer com o aquário: se passar o braço por um grupo delas, algumas sempre vêm grudadas.

Limnobium (Limnobium laevigatum)

Nome Cientifico: Limnobium laevigatum
Cuidado: Fácil
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Média
Origem: América Tropical
Pertencente à família das Hidrocaritáceas, a Limnobium laevigatum é uma planta nativa da área que se estende desde a América Central até a fronteira entre a parte tropical e subtropical da América do Sul, podendo ser encontrada mais raramente em áreas mais frias. Possui folhas robustas, arredondadas ou cordifoliadas e com um aspecto parecido com isopor, se vistas de baixo, pois são estruturadas de forma a conter ar, que as faz flutuar. Suas raízes são delicadas, longas, finas e cobertas por diminutos pêlos em quantidade e tamanho suficientes para deixar as raízes com um aspecto gelatinoso, quando retiradas da água, já que retêm líquido entre si.

Por sua beleza e tamanho pequeno-médio, uma ótima planta tanto para aquários, quanto para montagens externas como lagos. Em aquário, suas folhas alcançam tons de verde claro a verde folha e suas raízes proporcionam um belo efeito, sendo muito úteis, além da estética, para retirar nutrientes excessivos da água e proporcionar abrigo para peixes tímidos e/ou de superfície como agulhinhas, anabantídeos em geral, etc, não se arranjando, infelizmente, em formações densas o suficiente para proteger alevinos de potenciais predadores (lembrando que em aquários uma poda das raízes pode vir a ser necessária, pelo tamanho que as mesmas podem atingir). Ao ar livre e iluminação mais intensa, suas folhas alcançam um bonito padrão rajado com listras vinho-arroxeadas, resultando em um belo efeito decorativo, e suas pequenas flores, quando em quantidade, fazem de um carpete de Limnobium laevigatum na superfície de um corpo d’água um espetáculo à parte. O único cuidado que deve ser tomado é que não tome conta da superfície do local onde está, já que se reproduz eficaz e rapidamente por plantas adventícias.

Uma curiosidade é que em águas mais rasas suas raízes atingem o fundo, fixando a planta que, depois de um certo tempo, fica parecendo uma mini ninféia, com seus talos relativamente longos e pequenas folhas flutuantes ou fica parecida com uma pequena anúbia, lançando folhas para fora da água. É normal também, depois da planta se fixar, suas folhas mudarem e ficarem mais cordifoliadas, ao invés de tão arredondadas (dependendo do solo em questão). Apesar disso, a forma que se mostra mais comum é a flutuante.

Mesmo não sendo tão fácilmente encontradas em parques ou lojas quanto salvínias, lentilhas d’água, alfaces d’água e aguapés, são uma aquisição obrigatória para qualquer um que admire plantas flutuantes ou queira algo diferente em seu aquário ou lago.

Contribuído por Felipe Aoki Gonçalves

Alface D'Água (Pistia stratiotes)

Nome Cientifico: Pistia stratiotes
Cuidado: Fácil
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Forte
Origem: Cosmopolita
Planta flutuante exclusivamente aquática, de tamanho médio-grande (até 25 cm), de cor verde claro e aspecto aveludado. Bastante prolífera (reprodução por estolhos), excelente aplicação para tanques e lagos. O conjunto de raízes abriga alevinos e outros seres vivos que buscam proteção e alimento. Funciona muito bem como berçário.

Aldrovanda (Aldrovanda vesiculosa)

Nome Cientifico: Aldrovanda vesiculosa
Cuidado: Difícil
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Forte
Origem: Europa, Índia, Austrália, África, Japão
Pertencente a família Droseraceae, a Aldrovanda é uma "Planta Carnívora Aquática", com armadilhas ativas! De pequeno porte, alcança pouco mais de 1 cm de diâmetro com ramos de aproximadamente 20 cm. Por ser extremamente sensível à poluição, infelizmente está listada sob risco de extinção. Sendo que a variedade japonesa é dada como praticalmente extinta no seu habitat natural, restando poucos espécimes salvos pelas mãos do cultivo comercial. Entre as plantas australianas há variedades de um belo tom avermelhado. Apesar dos muitos relatos afirmando a necessidade de presas vivas e de um período de dormência no inverno, pois é nativa de regiões de clima temperado, eu tenho obtido pleno sucesso no cultivo destas plantas utilizando apenas as técnicas já consagradas para cultivo de plantas em aquários (iluminação artificial adequada, injeção de CO2, fertilização com nutrientes-traços e um rigoroso combate e profilaxia contra algas) sem jamais lhes ter oferecido presas e mantendo-as, por mais de dois anos, sem um período de repouso em águas mais frias. As minhas plantas estão em aquários com constantes 24-26ºC, sendo que no verão, sob 28-31ºC, já obtive florações com formação de frutos e sementes! É uma planta flutuante, não podendo de forma alguma ser fixada ao substrato, pois rapidamente a parte inferior se deteriora. Na falta de CO2 e nutrientes-traços a planta torna-se atrofiada e não forma armadilhas. Não suporta algicidas ou produtos a base de cobre, e nem tolera a competição com algas.

Contribuído por Alex Kawazaki

Murerê-Rendado (Azolla filiculoides)

Nome Cientifico: Azolla filiculoides
Cuidado: Fácil
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Média
Origem: Cosmopolita
Planta exclusivamente aquática, flutuante, com tons de verde ao vermelho intenso. Facilmente confundida com Azolla caroliniana, sendo diferenciada pelo tamanho e por característica da folha. Uma maneira pouco segura de identificação se faz pelo tamanho da folha, que em A. caroliniana geralmente é menor que 1,5 cm. Frequentemente utilizada em tanques de rua, lagos, fontes, etc. Dispensa grandes espaços, e trata-se de planta muito prolífera. Compete muito bem com similares, promovendo cobertura flutuante de bonito aspecto, único em cor.

Salvínia Natans (Salvinia natans)

Nome Cientifico: Salvinia natans
Cuidado: Fácil
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Média
Origem: Ásia até Sul da Europa
Planta flutuante, também conhecida como Salvínia, bastante utilizada em lagos e aquários abertos. Desenvolve-se rapidamente desde que se tenha iluminação e fertilização adequados. Não é exigente quanto a temperatura (12-30°C), nem quanto ao pH (5,5 - 9,0). Pode ser utilizada como aliada ao combate as algas já que absorve da coluna d'água o excesso de nutrientes.

Salvínia Auriculata (Salvinia auriculata)

Nome Cientifico: Salvinia auriculata
Cuidado: Médio
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Forte
Origem: América Tropical
A Salvínia é uma planta muito interessante e versátil. Pode ser usada tanto em aquários quanto em pequenas fontes decorativas e tanques externos. Sua cor é muito viva e seu formato é único. Em tanques menores e fontes, exerce a função de filtragem e sombreamento que plantas grandes como aguapé e vitória-regia fazem em tanques grandes. E tem um visual muito legal quando vistas de cima. Utilizo em aquário, pois tem muitas virtudes. Por ser pequena, pode ser usada na maioria dos aquários. Por ser flutuante, está sempre próxima da luz, que precisa em abundância. Também ajuda no consumo de nitratos, com sua raíz densa. Sendo pequena e flutuante, quase não aparece no layout do aquário. Aproveito também sua função de sombreamento, cultivando plantas que gostam de pouca luz debaixo delas. Com um pedaço de mangueira de ar, emendo as duas pontas formando uma retenção circular e flutuante, para segurar as salvínias onde desejo no aquário. Assim consigo ter plantas que exigem muita luz e plantas que preferem pouca luz na mesma montagem. São plantas fáceis de cultivar quando se tem luz suficiente. Com pouca luz, suas folhas amarelam e morrem rápido, sujando o aquário. Não são exigentes em termos de nutrientes.

Salvínia Cucullata (Salvinia cucullata)

Nome Cientifico: Salvinia cucullata
Cuidado: Médio
Cascalho: Nenhum
Iluminação: Forte
Origem: Ásia Tropical
Salvinia cucullata é uma planta de superfície de crescimento rápido, boa opção para diminuir intensidade de luz em certos pontos do aquário, ajuda bastante na absorção de nutrientes diluídos na coluna da água. As salvinias tendem proliferar e gerar um tapete, dessa forma diminuindo a intensidade da luz para as plantas submersas. Por isso onde tem planta flutuante não tem planta submersa, só em alguns casos onde essas se desenvolvam na raiz das flutuantes. Salvinias são ótimas filtradoras, assim como todas as plantas aquáticas (flutuantes e submersas)

5 comentários:

  1. Obrigado fico feliz por receber esse elogio...

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  2. Adorei tudo *-* Super útil para mim que estou começando e estava com dúvidas sobre as platas aquaticas que escolher =D
    Obrigada!!

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  3. Foi de grande ajuda... Obrigado!

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  4. Você sabe dizer se a limnobium é tóxica pra tartaruga? Pq tô pensando em por no meu aquaterrario e tem grandes chances de elas quererem comer kk

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