quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Xadrezinho


O Xadrezinho, nome que lhe foi dado devido a disposição de suas manchas pretas pelo corpo, é um peixe muito bonito.

Quando adulto e bem ambientado ao aquário, apresenta tons de azul e vermelho nas nadadeiras, principalmente na caudal que desenvolve longos filamentos, daí muitas pessoas o chamarem de Xadrezinho Cauda de Lyra, o que lhe confere um aspecto bem agradável, muito diferente de quando acaba de chegar ao aquário ou está assustado com algo, onde suas manchas ficam bem claras, e o peixe não hesita em se esconder.

Outra curiosidade é que quando jovens, por não possuírem esses longos filamentos nas nadadeiras nem tons mais coloridos, são muitas vezes passados por outro peixe, o Dicrossus maculata.

Originário da região amazônica, este ciclídeo é muito sensível à variações bruscas nos parâmetros do aquário e só deve ser adquirido quando o sistema estiver totalmente estabilizado, esse é principal motivo pelo qual as pessoas perdem o peixe alguns dias após comprá-lo. Vai preferir uma água ácida com pH variando entre 6,0 e 6,8 e uma água não muito dura.
Apreciará bastante um aquário com muitas plantas, troncos e rochas que sirvam de esconderijo para ele, já que se trata de um peixe bastante territorial, principalmente entre os demais da mesma espécie, um dos motivos que não se deve colocar somente dois exemplares, coloque sempre no mínimo três exemplares, sendo o ideal cinco ou mais.

A reprodução não é difícil depois que o peixe já está bem adaptado ao aquário. Tudo começa começa com um jogo de bocas, parecendo ser uma briga, mas na verdade eles estão avaliando se o parceiro será um bom antecedente para seus filhotes, gerando filhotes fortes e com maiores chances de sobreviver e se reproduzir.

Após escolhido o parceiro, o casal procura um local para a postura dos ovos, o que pode ser uma folha ou rocha, que será minuciosamente limpa pelos pais, então a fêmea expele os ovos que vão aderindo à superfície escolhida e logo depois o macho passa fertilizando os mesmos.

Em 48 horas ocorre a eclosão, nos primeiros 3 dias os filhotes permanecerão escondidos em tocas, se alimentando do saco vitelino e sendo protegidos pelos pais, que se tornam bastante agressivos, podendo até atacar a mão do aquarista, caso se aproxime dos filhotes, após esse período forneça outros alimentos aos filhotes como náuplios de artêmia, microvermes, gema de ovo cozida etc. Se os pais são sensíveis às variações dos parâmetros da água, os filhotes são mais ainda, por isso é fundamental que estejam em um aquário já estabilizado, o que é mais fácil em aquários maiores.

Os pais aceitam qualquer tipo de alimentação, dando preferência para alimentos vivos como artêmia salina e tubifex, você pode oferecer também, flocos, alimentos congelados etc.

Fotografia: Celso Fernando Paris Jr.

Nome científico: Dicrossus filamentosus
Origem: Bacia Amazônica
pH: 6,0 a 6,8
Temperatura: 26ºC
Dureza: 6 DH
Tamanho adulto: 4cm
Tamanho do aquário: 40L
Alimentação: onívoro
Reprodução: ovíparo

Ramirezi ou Ciclídeo Borboleta

MACHO

Nome Comum: Ramirezi ou Ciclídeo Borboleta
Nome Científico: Microgeophagus Ramirezi
Distribuição Geográfica e/ou Localização Típica: Bolivia, Venezuela (Rio Orinoco) e Colombia (Rio Meta)
Tamanho: Macho apresenta-se com 5cm e a Fêmea ligeiramente mais pequena.

Dimorfismo Sexual: O macho é mais esguio que a fêmea e apresenta principalmente o 2º e 3º raios da barbatana dorsal maiores do que a fêmea, o macho tem uma mancha preta mais pronunciada (sem nenhuma escama azul "dentro" da mancha) na parte lateral do corpo enquanto que a fêmea tem a mancha preta menos visível e normalmente com algumas escamas de cor azul "dentro" da mancha preta.
A fêmea é mais "gordinha" que o macho e apresenta a zona da "barriga" com uma coloração rosa (principalmente em época de acasalamento). Compreendo que seja difícil observar em peixes que tenham sido criados selectivamente para possuir determinadas características, tais como long fin, ramirezi dourado, ramirezi balão, etc, mas aí já não estamos a falar do German Blue Ram ( German Blue Ram porque foi na Alemanha que se começaram a criar estes peixes e que são os que apresentam as características mais fieis aos peixes selvagens).
No entanto, por alguma experiência que tenho com ramirezis de à uns tempos para cá, o que me leva a dizer que este peixe é um possível macho passa por:
- barbatana rectal muito desenvolvida ( os machos têm-na mais desenvolvida que as fêmeas)
- barbatana dorsal mais desenvolvida na zona da cauda ( regra geral, os machos têm a barbatana dorsal mais comprida e volumosa que as fêmeas, e não estou a falar dos espigões, até porque estes não são visíveis na foto)
- corpo volumoso em todo o seu comprimento, e não apenas na zona do ventre ( as fêmeas, mesmo não estando com ovos, têm a zona do ventre mais saliente, mais arredondada, falando, claro, de peixes saudáveis e em forma; não magros)
- a cabeça é volumosa em toda a sua extensão ( sendo, no caso das fêmeas, mais afunilada)
Estas são as características típicas de um macho e que podem ser observadas na foto, com mais ou menos dificuldade. Outras características que se conseguem observar na foto são:
- barbatanas peitorais
- espigões da barbatana dorsal ( duvidosa uma vez que as fêmeas, em adulto, apresentam também os dois primeiros espigões bem desenvolvidos; apenas comparando um macho e uma fêmea com a mesma idade e ambos bem nutridos e desenvolvidos, é possível diferenciar as dimensões dos espigões do macho para a fêmea)
- barbatana caudal ( a dos machos é mais expansiva e em leque que a das fêmeas)
- coloração avermelhada do ventre ( embora, por vezes, alguns machos a tenham ligeiramente ténue quando são novos e que perdem quando chegam à maturidade)
Para uma correcta identificação, o ideal era o peixe estar com as barbatanas todas abertas, em perfil e a foto ser tirada focando bem o objecto. É preciso ver o peixe como um todo e não olhar apenas para algumas características. Mas, isto, é a minha opinião, com base naquilo que observo nos meus peixes (...)
os peixes nas lojas raramente apresentam toda a sua coloração e ainda não são suficientemente crescidos para identificar as características estruturais que muita gente usa como referência de identificação; ex: espigões da barbatana dorsal/coloração rosada do ventre."

Disposição no Aquário: Aos Casais

Temperatura: 25 a 30ºC

pH: entre 5,5 e os 6,5 preferencialmente.
"by Andre Silvestre" o pH pode ser um pouco mais elevado que 7, até 7.5 Já se reproduzem ramirezis entre pH de 7 a 7.5

Outros Parâmetros da Água:
GH: 3ºd e os 10ºd
Nitratos: são algo sensíveis pelo que devem ser mantidos com baixos valores de nitratos (<10ppm)

Aquário: Aquário densamente plantado e com vários esconderijos criados por pedras/troncos. Se possível utilizar um substracto fino tipo areia (em parte do aquário).

Alimentação:
A dieta deve conter comida viva\congelada com alguma variedade (de evitar larva de mosquitos pois há relatos de terem causado problemas ao peixes), há quem além da tradicional comida congelada (atémia, krill, etc..) forneça também papa\preparados para discus.
Aceitam granulado e comida seca.
NOTA: Muito importante proporcionar uma dieta variada e de boa qualidade.

Compatibilidade:
É um peixe pacífico (com as outras espécies) passível de ser mantido com outros peixes desde que não muito agressivos e com requesitos semelhantes no que toca á água (pode ser mantido com apistogrammas desde que o tamanho do aquário o permita bem como discus, tetras e outros caracídeos, etc.).
Peixe algo tímido pelo que deve ter bastantes esconderijos de modo a sentir-se seguro.
Podem ser mantidos 2 casais no mesmo aquário desde que este tenha espaço suficiente para cada casal formar o seu território (um aquário com mais de 100Lts e com cerca de 80cm de frente deve dar para o efeito)

Reprodução:
Ao contrário dos apistogrammas é um peixe de casal (um macho para uma fêmea), e onde tanto o macho como a fêmea protegem e cuidam dos ovos e defendem o território.
A postura tem lugar no fundo do aquário numa pedra\tronco ou numa folha de planta (o macho e a fêmea "limpam" a zona onde irá decorrer a postura).
A fêmea pode depositar entre 100 a 200 ovos de cor cinzento amarelada.
Os ovos demoram cerca de 3 a 5 dias a eclodirem (depende bastante da temperatura) e os alevins durante os 3 primeiros dias consomem o saco vitelino sendo que após este período deve-se começar a fornecer alimento próprio (nauptilos de artemia, infusorios, preparados próprios á venda nas lojas da especialidade).
Nesta altura o aquariofilista deverá optar se pretende manter as crias ao cuidado dos pais ou separa-las para um aquário á parte.

Rosáceo

Nome Popular: Rosáceo
Nome Científico: Hyphessobrycon erythrostigma
Família: Caracídeos
Habitat: Bacia superior do Amazonas. Colômbia e Peru
pH: 6.0 a 7.0
Temperatura: 24º a 28ºC
Dureza: 2º a 10º gH
Tamanho Máximo: 8cm
Sociabilidade: Grupo
Agressividade: Pacífico
Manutenção: Fácil
Zona do Aquário: Meio
Aquário Mínimo: 60L
Alimentação: Onívoro. Rações e pequenos alimentos vivos e congelados.
Características Peixe cardumeiro que deverá ser mantido em grupo de no mínimo 6 exemplares, são ideais para aquário plantado. Rosáceo é o nome dados a inúmeros Tetras similares sendo o "verdadeiro" Rosáceo apresentando a mancha vermelha no corpo (linha lateral). Apesar do nome sugestivo, em fase adulta fica com o corpo levemente puxado para o marrom com reflexo rosa. Peixe indicado para iniciantes. Quando encontrado nas lojas possuem coloração pálida, mas quando habituados ao aquário costumam ficar bonitos com cores bem chamativas. Aprecia iluminação forte.
Reprodução: Ovíparo. Macho maior que a fêmea e possui a nadadeira dorsal um pouco maior e mais fina.