terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Acará Boca-de-Fogo


O Ciclídeo Boca-de-fogo ou Acará Boca-de-Fogo é um interessantíssimo peixe, quer em comportamento quer em coloração, proveniente de vários efluentes do Iucatão no México, apresentando variações de tonalidade conforme a sua origem.

MANUTENÇÃO:
São omnívoros, preferem algas e pequenos crustáceos na natureza. No aquário, comem praticamente tudo o que lhes for oferecido. Contudo, não é um comedor de algas de aquário, se bem que desenvolve um gosto especial pelas tabletes de algas dos peixes de fundo.

O ciclídeo Boca-de-Fogo é um peixe muito complexo e viverá 15 anos ou mais se bem mantido. Devemos apenas introduzí-lo num aquário estabilizado, por exemplo, um mês depois de termos introduzido os peixes de cardume.

COMPATIBILIDADE:
É um dos ciclídeos de médio porte mais pacíficos, apesar de não ter a mesma popularidade que o Escalar é também uma excelente escolha para um aquário comunitário. Nada fica a dever aos ciclídeos africanos dos grandes lagos, pelo contrário, apresenta uma coloração, personalidade e inteligência que rivaliza e ultrapassa muitos dos seus congéneres africanos. Tem ainda a vantagem de poder ser colocado num comunitário e com pH baixo, como os de peixes provenientes da Amazónia. Tal como o Escalar podem surgir problemas de compatibilidade com pequenos peixes de cardume como os néons e pequenos camarões.

É possível mantê-lo com uma variedade de fauna, incluindo o Camarão Madeira, desde que estes estejam já desenvolvidos e tenham tocas disponíveis.

O Boca-de-fogo irá interagir, por domínio, com outros boca-de-fogo, mas também com outros cíclídeos, como o Escalar ou os Kribensis. Esta mistura será razoavelmente segura e interessante de ser observada. No entanto, não devemos exagerar na colocação do número de Boca-de-Fogo num aquário. Não será bom por mais que dois, dada a agressividade direccionada que demonstram ter com os da própria espécie. Quanto maior o aquário (em comprimento x largura) e com mais plantas e rochas, mais seguro é colocar outro Boca-de-Fogo.

REPRODUÇÃO:
Em termos de manutenção, o recomendado é termos um casal num aquário de 200 litros. O comportamento reprodutivo dos Ciclídeos Boca-de-Fogo é semelhante aos africanos, protegendo a prole, com um extra em termos de espectacularidade, visto que com a agressividade, os boca-de-fogo ganham uma coloração variante visualmente forte impulsionada essencialmente pela famosa "boca-de-fogo" mas também pelo resto do corpo. Se tivermos um casal temos que ter um aquário com areia, contar para que estes escavem o aquário e apresentem agressividade contra os outros peixes que ousem entrar no seu território. Fora isso, que até será interessante, é um peixe bastante dócil.

A diferença entre machos e fêmeas é mais complexa que, por vezes, se faz crer na Internet, com a visualização do tipo de barbatana, que no macho será mais colorida e terminará em fio. Contudo ter um casal (macho e fêmea) ou dois machos ou duas fêmeas, será sempre interessante!

AS LUTAS:
Se vamos juntar dois machos, o ideal será criar um ambiente em termos de flora, troncos e pedras para que os peixes se possam esconder das investidas do outro. Podemos usar tocas de pedras, um grupo de valisnérias ou raízes.

É bastante interessante e visualmente fantástico assistir à luta de dois machos. É relativamente seguro, as lutas não passam de os peixes aumentarem as guelras expondo a famosa boca-de-fogo que tem como objectivo impressionar o rival, dando ilusão que se trata de um peixe maior que o que realmente é. As lutas incluem uma dança e umas corridas.

É possível que um macho dominado passe a dominante. A ordem de introdução do peixe no aquário interessará, e ajudará que o primeiro macho mantenha o domínio nos primeiros tempos, e poderá dificultar bastante a adaptação do outro macho. Mas é possível que o peso da balança se inverta.

sábado, 29 de outubro de 2011

Cruzeiro do sul

Nome Popular: Cruzeiro do sul
Nome Científico: Hemiodus gracilis
Família: Hemiodontidae
Habitat: Bacia do rio Amazonas
pH: 6,0 a 7,0
Temperatura: 24º a 28ºC
Dureza: 1º a 6º dH
Tamanho Máximo: 15cm
Sociabilidade: Grupo
Agressividade: Pacífico
Manutenção: Fácil
Zona do Aquário: Meio
Aquário Mínimo: 100L
Alimentação: Onívoro. Aceita rações em flocos e alimentos vivos. Possui o hábito de mordiscar algumas plantas, mas é possível mantê-lo em aquário plantado.
Características Peixe que deve ser mantido no mínimo em 5 exemplares e ideal para aquário comunitário devido sua passividade. É extremamente tímido e qualquer movimento brusco próximo ao aquário o assustará, por este e outros motivos é recomendado mantê-lo apenas com peixes pacíficos e preferencialmente em um aquário extremamente plantado. Gosta de temperatura alta e é um pouco exigente com a qualidade da água. Freqüentemente é confundido com o Hemiodus semitaeniatus ou "falso Cruzeiro do sul", porém, o Hemiodus gracilis possui uma faixa vermelha na cauda, contrário ao outro que não possui.
Reprodução: Ovíparo. É um peixe de difícil reprodução em cativeiro, já que se trata de um peixe de piracema (que desova na nascente de rios), necessitando de um fluxo forte na água.

Pirarara

Pirarara - Phractocephalus hemioliopterus
Nome genérico : Pirarara
Nome científico : Phractocephalus hemioliopterus
Aquário mínimo : 1500 l
Habitat original : América do Sul
Região : Bacia amazônica
Família : Pimelodídeos
Ph : min : 6,0 max : 7,0
Temperatura : min : 24 ºC max : 29 ºC
GH : min : 1 max: 5
Tamanho máximo : 140cm (em aquário)
Manutenção : Fácil
Agressividade : Média
Alimentação : Peixes, lascas de peixes, rações de fundo.

Características: Espécie bastante comum na bacia Amazônica a Araguaia, pode chegar facilmente a 60Kg e 100cm. Sua coloração é cinza escuro na parte superior e branca inferiormente, apresentando ndadeira caudal vermelha. É uma espécie que se alimenta de praticamente tudo o que encontra pela frente, possuindo a reputação de ser um devorador de crianças entre os povos indígenas. Bastante apreciado por pescadores por lutar bastante quando fisgado e por possuir carne saborosa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Zépelim (Peixe Lápis)


Nome Cientifico: Nannostomus trifasciatus
Nome Popular: Peixe lápis, Zépelim.
Comprimento:6cm
Aquario: 40 Lts
Ph: 6.8
Temperatura: 26º C

Origem: Bacia Amazônica (Rio Negro)
Alimenteção: Onivoro
Reprodução: Oviparo

Originário das águas pretas do Rio Negro, é comum em regiões nas quais o fundo do rio é quase totalmente coberto com Vallisnerias, formando densas "florestas" submersas alternadas por áreas de areia muito fina
sem vegetação. No aquário, são muito ativos, nadando em cardumes. Gostam de mordiscar folhas e troncos. Já os vi comendo algas filamentosas marrons, mas não são úteis para seu controle, como poderia se pensar. Adoram alimento granulado, principalmente Sera Discus color blue. Quando estão acasalando, macho e fêmea nadam lado a lado, encostados um no outro, agitando o corpo de um lado para o outro. Sua coloração fica mais bonita se houver pelo menos uma lâmpada de especto azul pois as nadadeiras pélvicas, que são um pouco azuladas, ficam com essa cor ainda mais intensa. Gostam de aquários bem plantados, com plantas chegando até a superfície, como em seu hábitat natural. Nadam preferencialmente na parte superior/média do aquário. De dia apresentam três linhas pretas horizontais. À noite, quando estão dormindo na superfície, trocam esse padrão por duas ou três listras grossas verticais. É muito interessante!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Mocinha

Nome científico: Characidium fasciatum
Origem: Brasil
pH: 6,5 a 7,0
Temperatura: 26ºC
Dureza: 25 dH
Tamanho adulto: 7cm
Tamanho do aquário: 60L
Alimentação: onívoro
Reprodução: ovíparo

Quando parada, a Mocinha quase não chama a atenção mas é quando se desloca que todo aquarista se encanta com sua maneira de fazer isso, o motivo é que a Mocinha parece rastejar pelo fundo, apoiada sobre suas nadadeiras peitorais, que mais parecem dois braços apoiados no chão.

É um peixe pacífico, mas que não deve ser colocado com peixes lentos e de nanadeiras longas, isso porque ela vai beliscar as longas nadadeiras do companheiro, sempre que esse se aproximar, Kinguios e Acarás Bandeira Véu estão entre os que mais sofrem com essa "mania" da Mocinha.

Os melhores peixes para dividirem o aquário são Dânios e Tetras pois não competirão pelo menos território.

Um aquário com plantas, rochas e troncos será muito bem visto pela Mocinha, como não é um peixe que nada muito, vai utilizar esses elementos para subir próximo à superfície, seja para se alimentar, seja para observar o ambiente. As plantas de folhas largas como a Higrophylla corymbosa, serão um bom local para isso.

Na dieta deste peixe pode entrar qualquer tipo de alimento, rações em flocos, em granulos, alimento vivo como artêmia salina, tubifex etc. Só é preciso prestar atenção se a Mocinha está se alimentando adequadamente pois possui uma boca pequena e isso pode dificultar a captura de alguns tipos de alimento. É importante certifcar que o alimento esteja chegando até o fundo, pois a Mocinha não costuma se alimentar na superfície, no máximo subir em alguma coisa para pegar o alimento mais no alto.

Não há muita informação sobre sua reprodução em cativeiro, talvez por ser um peixe que não possui muito valor comercial e é encontrado com facilidade na natureza.

Dica Kz Power: Dê uma alimentação variada para seu peixe, Sera Viformo, Sera Wels-Chips, Sera Spirulina Tabs, Tetra Veggie Algae Wafers Extreme, Poytara peixes de Fundo

Alimente seu peixe sempre com alimentos de qualidade:

Sera
Tetra
Poytara

Tetra Buenos Aires

Nome Cientifico: Hyphessobrycon anisitsi
Nome Popular: Tetra Buenos Aires, Buenos Aires.
Tamanho Max: 10 Cm
Aquario Min: 40 Lts
Ph: 6.8 a 7.5 Ideal 7.0
Temp: 24ºC a 28ºC Ideal 26ºC
Reprodução: Oviparo
Alimentação: herbivoro
Dica Kz Power: De uma alimentação bem alternada para o seu peixe
Ex: Sera Vipan, Sera Flora, Sera San, Sera Spirulina Tabs, Sera FD Tubfex, Sera FD Artemia, Sera FD Mückenlarven.
Tetra Min Flakes, Tetra Min Crisps, Tetra Color Flakes, Tetra Veggie, Tetra Blood Worms.
Poytara Dia-a-dia, Poytara Spirulina

Use sempre rações de qualidade:

Sera
Tetra
Poytara

Nunca manter em aquarios com plantas pois eles comem todas, mesmo plantas com folhagens mais densas, e esse é um peixe de cadume por isso deve-se manter no minimo 5 exemplares.

domingo, 23 de outubro de 2011

Cascudo

Nome Cientifico: Hypostomus plecostomus, Liposarcus pardalis
Nome popular: Cascudo, peixe gato...
Origem: America do Sul Bacia Amazonica
Ph: 6.6 á 7.5
Dh: 6 á 10
Temperatura: 20ºC á 30ºC ideal: 24ºC á 28ºC
Reprodução: Oviparo

Introdução:
Cascudos (ou Acaris) são peixes que possuem boca em forma de ventosa,placas ósseas ao invés de escamas,capacidade de dilitar a pupila do globo ocular e cabeça achatada.
Vale lembrar que, muitas vezes , Coridoras, Tamboatás e Dianemas , podem ser encontradas à venda com o nome de Cascudos, porém estes pertencem a família Callichthyidae (Calictídeos). Apesar de serem parentes próximos dos Loricarídeos, apresentam diferenças no formato da boca e na forma da distribuição das placas ósseas.
Os Cascudos pertencem à família Loricariidae (Loricarídeos) e estão divididos nos seguintes Gêneros:

Ancistrus,Hipostomus,Bariancistrus,Acanthicus,Hypancistrus,Leporacanthicus,Panaque,Pseudacanthicus,Peckoltia. Ordem:Siluriformes (Peixes Gato) e Classe Actinopterygii.
Atualmente há em torno de 600 espécies já reconhecidas e são a maior Família de peixes de fundo.
Possuem a origem no Continente Americano,porém são encontrados em maior abundância na América do Sul. Infelizmente pela ação humana , hoje são encontrados em diversos países.

Habitat:
Habitam diversas regiões dos rios,mas geralmente são encontrados mais próximos de onde as águas dos rios são mais correntes , o que proporciona maior nível de Oxigênio diluído , do qual os Cascudos necessitam bastante.
Alimentam-se de folhas mortas,troncos, pequnenos vermes e etc.

Em Aquários:
A princípio, os Cascudos eram recomendados porque alimentavam-se das algas que aparecem em aquários , mas é errado mantê-los alimentados somente com algas e vamos abordar este assunto adiante.
A descoberta de novas espécies exóticas, está atraindo muitos admiradores desta espécie.O importante para se manter os Cascudos sadios é um aquário com dimensões compatível à espécie que o aquarista pretende criar. Vale lembrar que conforme a espécie , ficam enormes, podendo passar dos 30 cm.
A decoração (layout) deve contar com o maior número de tocas possível, utilizando troncos e pedras porque a maioria dos Cascudos são de hábitos noturnos e territoriais além além de se sentirem mais seguros.
Plantas,são muito bem-vindas,pois estas criam áreas com sombra , fazendo com que os Cascudos dêem pequenos passeios à procura de alimento mesmo com as luzes acesas.Porém, conforme a espécie de Cascudo e devido ao tamanho e seu modo de nadar , podem acabar arrancado ou quebrando suas folhas . Boas opções são as Valisnerias,Higrophilas,Salvinia e etc.
Um exemplo de toca utilizando tronco:
Recomendo iluminação abaixo de 1 W/L , porque possuindo uma forte iluminação, o Cascudo ficará a maior parte do tempo na toca e o que muitas vezes pode chegar a estressá-lo , causando problemas futuros.
Deve-se possuir o melhor sistema de filtragem possível e manter os parâmetros de água adequados à espécie. E uma boa alimentação

Alimentação:
Muitos pensam que todos os Cascudos são algueiros, mas há espécies que apreciam dietas carnívoras, ou seja, vermes, insetos aquáticos e até pequenos peixes. Um exemplo: Hypancistrus zebra ou Cascudo Zebra Imperial.
O aquarista pode alimentá-los com rações industrializadas à base de vegetais ou spirulina (deve-se escolher rações que afundem rápido).
O aquarista pode e deve, também, fornecer alimentos que fazem parte da nossa alimentação, tais como: pepino, abóbora, batata, abobrinha, repolho e alface, pois são ricos em fibras, das quais eles necessitam bastante. Estes alimentos devem ser dados crus (o uso de espetinhos de churrasco ajuda bastante a fixação dos alimentos citados no substrato do aquário). É importante retirar os restos no dia seguinte para que não danifiquem a água.
É recomendado dar o alimento pouco antes de desligar as luzes do aquário.

Método de uso do espetinho de churrasco :

Material:
1 espetinho de churrasco de preferencia de metal ou que tenha um pouco de peso,pois assim evita que a(s) rodelas do alimento flutuem.
1 barbante(recomendo o uso em caso de substrato de granulação fina,pois assim evita-se que o cascudo ou outros peixes derrubem o espetinho.
1 clips (este servirá para sustentar o barbante).

A Compra:
Quase todos os peixes, até chegar às mãos do aquarista, recebem maus tratos. Portanto, procure os exemplares que estejam fisicamente intactos, que tenham nado perfeito e, de preferência estejam um pouco barrigudinhos.
Sua introdução no aquário deve ser efetuada com cuidado (isso vale para todas as espécies de peixe), pois um choque térmico e mudanças bruscas nos parâmetros da água podem enfraquecê-los a ponto de chegar à morte.
Para evitar os choques, deve-se fazer a adaptação de temperatura : basta deixar o saquinho plástico boiando na água do aquário em torno de 30 minutos ou mais. Após as temperaturas se igualarem, a adaptação do animal ao novo parâmetro de água precisa ser feita com cuidado e devagar.
O procedimento: aos poucos, jogue água do aquário na água do saquinho. E às vezes, jogue um pouco da água do saquinho fora. Assim que tiver entrado um grande volume de água do aquário, no saquinho, retire o peixe com uma redinha e solte-o no aquário tomando cuidado para não jogar a água do saquinho no aquário.

A Questão do L-número:
Geralmente, os Cascudos que ainda não tem um nome científico definido, usam a letra L=Loricariidae (Loricarídeos). Isto ocorre pois uma revista alemã sobre aquarismo (DATZ) resolveu catalogar os Cascudos da Amazônia.O uso desses nomes serve somente para codificar as espécies ( local de origem, tamanho e manchas do corpo das espécies catalogadas).
Os Cascudos que usam LDA-número foram catalogados por outra revista alemã (Das Aquarium).
Resumindo: Os Cascudos que usam L e LDA, não foram descobertos por biólogos e sim pelas duas revistas citadas acima. As razões são: diferenciação e catalogação de espécies.

Reprodução:
Dimorfismo:
na maioria das espécies de cascudos, o dimorfismo sexual é muito difícil de se observar e é somente possível em exemplares adultos. Observando-se , por exemplo , o Baryancistrus sp. L-018 ou Cascudo Pepita de Ouro (tamanho adulto: 30 cm) , veremos que a fêmea é mais roliça e um pouco menor que o macho.
Após um casal estar bem adaptado no aquário, o macho vai levar a fêmea para a sua toca, onde ela irá depositar os ovos. Após a desova, o macho vai proteger a prole até a eclosão (recomenda-se a retirada da fêmea). A eclosão dos ovos ocorre depois de 5 a 7 dias, mas varia conforme a espécie e temperatura.
A alimentação dos alevinos deve ter inicio após o desaparecimento do saco vitelino e deve ser igual à dos pais, porém em proporções bem menores. Devem ser retirados os restos de alimentos para que não prejudique os parâmetros da água, pois os alevinos são muito mais frágeis em comparação aos adultos.

Ctenopoma Leopardo

Nome Popular: Ctenopoma Leopardo
Nome Científico: Ctenopoma acutirostre
Tamanho adulto: 17 cm
Temperatura da água: 22º – 27º C
PH: 6.8 a 7.5

Características:
O Leopardo tem uma característica bem interessante que são suas pintas como es fossem mesmo uma pintura de um leopardo, normalmente é um peixe que vive sozinho e com suas espécies ele é muito agressivo, recomenda-se utilizar peixes de tamanho similar a ele.

Alimentação:
Carnívoros comem rações específicas para carnívoros, alimentos vivos como artêmias e alimentos congelados .

Reprodução:
Construtores de ninhos bolhas os Leopardos devem ser mantidos em água em torno de pH 6,5-7,0, dureza dH 2-4 e água em torno 28 ° C além de um aquário de pelo menos 200litros para sua reprodução. Os alevinos devem ser alimentados com alimentos vivos, como artêmia. Se a estes peixes forem dadas as constantes “espaço” e “dieta” adequadas, muitas vezes eles vão crescer até 1/2 com seu tamanho adulto em 2-3 meses.

Aruanã

A seguir vou enumerar algumas dicas sobre os cuidados que devem ser levados em consideração para se criar uma aruanã prata em aquário.

ESPÉCIE:
Osteoglossum bicirrhosum

O AQUÁRIO:
As dimensões mínimas do aquário para a criação de uma aruanã prata é:

LARGURA:
Mesmo a aruanã prata sendo um peixe que chega a 100cm de comprimento a largura de 60cm no aquário é suficiente pois trata-se de um peixe muito flexível, mas em hipótese alguma a largura pode ser menor do que isso.

COMPRIMENTO:
Como o aruanã prata é um peixe muito ativo e que sempre esta em movimento, o comprimento deve ser de no mínimo 150cm.

ALTURA:
Embora a aruanã prata seja um peixe de superfície, a altura do aquário deve ser de no mínimo 60cm, pois elas costumam não tolerar outros peixes que ocupem a mesma faixa do aquário o qual elas vivem.

TAMPA DO AQUARIO:
É muito importante o uso da tampa pois as aruanãs prata podem saltar mais de 2 metros, isso significa que a força do impacto na tampa será forte no caso de um salto, então faça uso de uma tampa especial com trilho ou algo forte o suficiente.

ILUMINAÇÃO:
Fraca, apenas o suficiente se ver os peixes.

DECORAÇÃO:
Qualquer uma, inclusive plantas, apenas não ocupe a área de nado da aruanã.

ÁGUA:
A temperatura da água deve ser de 25° a 28° Celsius, e o pH deve ficar entre 6.0 e 7.4, nunca variando de forma brusca estes parâmetros.

FILTRAGEM:
Como todo peixe jumbo, deve-se dar uma atenção extra na questão da filtragem. Utilize uma boa filtragem mecânica, química e principalmente biológica, pois o teor de amônia e nitrito deve sempre estar em 0ppm.

MANUTENÇÃO:
A manutenção deve ser constante, com troca parcial de água de 20% do volume total do aquário uma vez por semana, a água a ser adicionada deve ser tratada com o uso de condicionador e com o pH e temperatura nos mesmos parâmetros do aquário.

O substrato deve ser aspirado com frequencia e o resto de alimentação recolhido sempre.

ALIMENTAÇÃO:
A aruanã prata é um peixe que não tem frescura na hora de se alimentar, então pode-se fazer o uso de peixes vivos, filé de peixe, filé de frango, coração de boi, roedores, insetos, larvas ou mesmo rações especiais.

TERRITORIALIDADE:
As aruanãs prata não costumam suportar indivíduos da mesma espécie em aquários, salvo se o aquário for de proporções gigantes.

COMPANHEIROS DE AQUARIO:
Como o aruanã prata é um grande predador, não coloque peixes com o tamanho muito inferior, pois fatalmente eles irão virar alimento.

Para os demais peixes que vão dividir o aquário com a aruanã prata, ela só costuma causar problemas com aqueles que dividem a mesma faixa de nado dela.

DISTINÇÃO DE SEXO:
Não conhecido, embora a literatura indique que as nadadeira anal do macho é mais larga que da fêmea.

DOENÇAS:
A aruanã prata assim como os demais primitivos, não toleram alguns tipos de medicamentos, sendo assim, em caso de suspeita de alguma enfermidade procure em fóruns de discussão por um tratamento adequado.

CONCLUSÃO:
A aruanã prata é um peixe fascinante, porém para se ter um exemplar desta espécie deve-se ter um aquário especial pois elas crescem muito e com muita rapidez.

O aquário deve também ser a prova de saltos, pois muitos aquaristas já perderam suas aruanãs por conta disto.

Estas dicas podem ser aplicadas para a maioria das espécies de aruanãs, porém a agressividade varia de espécie para espécie e isso deve ser levado em consideração.

Tetra Black Fanton ou Tetra Fantasma Negro

Este tetrinha encantador é originário da América do Sul, mais precisamente do alto da bacia do Paraguai e rio Guaporé. Por seu tamanho relativamente pequeno - 4 cm - é um ótimo peixe para se manter. Vive em cardumes e um pH de ácido a neutro, ficando melhor em águas mais ácidas como 6.4 - 6.6. É um peixe de águas um pouco mais quentes, então devem ser mantidos de preferência entre 24 e 28°C e águas mais moles.

A alimentação é onívora, aceita de tudo, mas se quiser incentivar a reprodução e manter seus tetras saudáveis e com belas cores é recomendado oferecer alimentos vivos ao menos uma vez na semana. Na natureza se alimentam mais de vermes, larvas de mosquito, pequenos insetos e crustáceos.

O macho é muito mais escuro que a fêmea, apresenta a nadadeira dorsal maior, todas as nadadeiras são negras e o ventre é retilíneo. A fêmea possui coloração mais clara, nadadeiras anal, ventral, peitoral e adiposa vermelhas e ventre roliço.

Quanto ao comportamento, são peixes territoriais apenas com outros da mesma espécie ou formato e coloração parecidos. Em aquários comunitários dificilmente chegam a atacar / estressar outros peixes. O mais comum é ver os machos disputando entre si a hierarquia do grupo.

Na parte que diz respeito à reprodução são ovíparos, sendo considerados disseminadores livres, pois a fêmea libera os ovos na água e o macho nada em volta fertilizando-os. Os ovos eclodem em 48 - 72 horas quando mantidos em temperatura mais alta, após dois ou três dias da eclosão os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a nadar. Não ocorre o cuidado parental entre os peixes desta espécie, a partir do momento em que os filhotes apresentam nado livre pode-se dar rações específicas para alevinos de ovíparos e alimentos vivos como náuplios de artêmia. Conforme os filhotes forem crescendo alimentos vivos maiores podem ser oferecidos. Recomenda-se usar filtro interno de espuma ou então colocar perlon na entrada de água do filtro externo para evitar sugar os filhotes quando em aquários próprios para reprodução.
Por serem de cardume, os Black Phantom não devem ser mantidos em grupos com menos que 5 indivíduos. Quanto maior o cardume, mais natural o seu comportamento. As disputas por território ou fêmeas são magníficas de se ver, os machos (geralmente os maiores) ficam todos armados como os machos de Betta fazem, exibem suas cores e nadadeiras no máximo esplendor possível. As fêmeas também apresentam cores bem fortes em época de reprodução e não são nem um pouco tímidas, escolhem um macho e ficam se exibindo para ele por horas

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cobrinha Kuhli



Um peixe com uma fisionomia diferente, tem o aspecto de uma pequena cobra. Estas cobrinhas são esguias, normalmente com riscas castanho escuro sobre um corpo castanho claro, apesar de existir variedades quase ou totalmente sem riscas (shelfordi, cuneovirgatus, myersi e outras).As cobrinhas Kuhli podem ter comportamentos muito distintos dependendo do aquário que estejam. Muitas vezes são descritas como peixes tímidos que o aquarista só vê quando vai limpar o aquário. Não é verdade. Quando bem adaptada as cobrinhas passeiam por todos os recantos possíveis, adoram descobrir novos lugares para ficar, plantas para fuçar e galhos para se pendurar. Sim, se elas percebem que não há perigo no aquário chegam a ficar penduradas nas plantas como roupas no varal. Adoram pedras grandes com espaços em baixo para proclamarem como esconderijos. Quando quiserem se esconder ou descansar é para lá que irão. Também podem eleger os espaços num tronco ou uma pedra de superfície plana como descanso, principalmente se for uma área mais sombreada, pois elas não gostam de luz. Contribuem para a limpeza do aquário revirando os espaços entre as pedras, o que faz com que a sujeira volte à água e possa ir para o filtro. Mesmo assim, sua alimentação deve ser bem cuidada, um pouco de ração à noite, após apagar a luz do aquário é uma óptima ideia.Existem varias subespécies, mas o Kuhli "verdadeiro" é o Pangio kuhlii.

Black Kuhli (Pangio javanicus): Muito comum em boas lojas do ramo juntamente com a "verdadeira" Kuhli, é mais fina e menor do que todas as outras. Nada diferem no formato das nadadeiras, da cauda ou do número de bigodes. Basicamente preta, com a barriga mais clara que o resto do corpo.
Kuhli Albina - (Pangio myersi): É basicamente a Kuhli verdadeira, sua cor é rosa e as tarjas laranja claro.
Pangio cuneovirgatus, Pangio robiginosus, Pangio semicinctus, Pangio shelfordii: Todas muito parecidas com a verdadeira mas com pequenas diferenças nas tarjas laranjas e no número de bandas pretas. Existem várias outras mas os padrões de cores destoam muito da Pangio kuhlii; são consideradas "falsas".



Lepisosteus

Nome popular: Lepisosteus, Gar
Nome científico : Lepisosteus oculatus

Aquário mínimo : 800L
Habitat original : América do Norte Região : Sul do Estados Unidos da América.
Família : Lepisosteídeos
Ph : min : 6,5 max : 8,0
Temperatura : min : 12 ºC max : 30ºC
GH : min : 4 max: 8
Tamanho máximo : 110 cm
Manutenção : Fácil
Agressividade : Pacífico
Alimentação : Bottom Fish , Tetra Pond, Camarões , Tetra Jumbo Min , Peixes menores, etc
Características :
Também conhecido como Spotted Gar, o Gar tem comportamento pacífico, podendo facilmente viverem sozinhos ou com peixes de seu tamanho e pacíficos. São Peixes que preferem águas calmas, paradas e suportam alto teor de poluição na água como os Polypteros. Coloração prata com “circulos” pretos.
Reprodução : Ovíparo, atinge a maturidade sexual com 4 anos. As fêmeas são maiores que os machos.

domingo, 28 de agosto de 2011

Apteronotus albifrons (Ituí Cavalo)


Quem nunca ouviu falar em "Enguia" ou peixe elétrico? O Ituí Cavalo pode até ser visto como uma espécie de "Enguia" mas sua descarga elétrica é bem fraca, não sendo suficiente nem para matar um peixe pequeno, o que o torna uma ótima opção para quem quer ter uma espécie exótica no aquário.
Totalmente cego, este peixe se localiza através de um campo eletro-magnético que forma à sua volta, dessa forma ele pode detectar corpos que estejam próximos à ele, inclusive conseguindo distinguir os seres vivos de objetos mortos, através da diferença de condutividade que há entre eles.

De hábitos noturnos, este peixe não será visto com muita frequência quando as luzes do aquário estiverem acesas, principalmente em aquários muito iluminados, por isso é importante oferecer abrigos para o animal, que podem ser troncos ocos, plantas de folhas largas que criem áreas de sombra, rochas etc.

Habitante da Bacia Amazônica, pode ser mantido num aquário comunitário sem problemas desde que os demais peixes tenham o mesmo tamanho que ele ou sejam maiores, peixes menores fatalmente virarão caça do Ituí Cavalo durante a noite, outro fator importante é que ele seja mantido com peixes de índole pacífica como a dele e caso deseje manter mais de um Ituí Cavalo no aquário, este deve ser espaçoso, no mínimo 500 litros e com muitas tocas, para que as brigas sejam menos freqüentes entre a espécie. O pH ideal é levemente ácido e a temperatura em torno de 26ºC. O comportamento do Ituí Cavalo pode assustar aos desavisados pois é comum vê-lo deitado ao fundo do aquário ou nadando em posições "estranhas", o que é comum para a espécie.

Sua sensibilidade à medicamentos é maior que a da maioria dos peixes, então deve-se tomar muito cuidado ao usar algum medicamento na água deste peixe, principalmente os à base de sulfato de cobre.

A alimentação consiste em alimentos vivos como artêmia salina, tubifex, minhocas etc, mas também pode ser condicionado à aceitar ração. A reprodução em cativeiro não é muito conhecida e são raros os casos de sucesso.

Nome científico: Apteronotus albifrons
Origem: Brasil (Bacia Amazônica)
pH: 6,6 a 6,9
Temperatura: 26ºC
Dureza: 7ºDH
Tamanho adulto: 45cm
Tamanho do aquário: 500L
Alimentação: onívoro
Reprodução: ovíparo

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Peixe Corda (Erpetoichthys calabaricus)




Nome Popular: Peixe Corda, Peixe Cobra,
Erpetoichthys calabaricus
Rope Fish, Reedfish

Família: Polypteridae

Distribuição: África: Foz do Rio Ogun e delta do Rio Niger, na Nigéria, e também no rio Congo desde Brazzville (Congo) até sua desembocadura

pH: 6.0 – 8.0 dureza: 5-19 temperatura: 22°C – 28°C

Tamanho adulto: 90 cm (comum 60 cm)

Sociabilidade: Sozinho ou Grupo. Extremamente pacífico com outras espécies, embora possa comer peixes menores

Manutenção: Médio

Zona do aquário: Fundo

Aquário mínimo: 150x50x50 (375L. Aquário deverá ser densamente plantado com muitos troncos formando refúgios. Deve-se usar tampas de vidro, pois esta espécie é um artista em escapar do aquário. Substrato arenoso e macio.

Alimentação: Carnívoro, essecialmente insetivoro. Alimenta-se de vermes, crustáceos e pequenos peixes vivos, normalmente desprezando alimentos secos. Embora sabe-se que alguns exemplares podem aceitar alimentos comerciais (raro), deve-se fornecer primariamente alimentos vivos ou congelados como carne, minhoca, mexilhão, bloodworm, artêmia, etc.

Características: Unica espécie do gênero Erpetoichthys, de hábito noturno e bastante resistente. Possui visão fraca, compensada em seu excelente olfato para localizar alimentos. Está intimamente relacionado ao gênero Polypteridae e ambos são considerados verdadeiros fósseis vivos. Fósseis de parentes anteriores datam o período Triássico, durante o desenvolvimento dos dinossauros, há 200 milhões de anos atrás.

Assim como espécies do gênero Polypteridae, possui diversas adaptações como a vesicula natatória dividida em duas partes, sendo a do lado direito maior, funcionando como órgão acessório de respiração, indicando que esta espécie pode viver curtos períodos fora da água, desde que mantido úmido, ou pode frequentar ambientes pobres em oxigênio. Se lhe for negado acesso ao ar atmosférico, pode literalmente morrer afogado.

Juvenis possuem brânquias externas que são perdidas conforme o peixe amadurece. Estas característica lhe permite caçar potenciais presas em águas rasas ou fora da água, além de poder migrar de um lago para outro quando há escassez de alimentos e claramente indica a ligação desta espécie entre a evolução de peixes e anfíbios.

A espécie está ameaçada pelas plantações de óleo de palma nas regiões costeiras da África central. Na África ocidental, é ameaçada pela degradação do habitat / perda devido a drenagem de zonas húmidas para a agricultura e o desenvolvimento urbano e desmatamento.

Reprodução: Ovíparo. Machos perseguem a fêmea nadando a seu lado; macho envolve a fêmea com sua nadadeira caudal; ovos são liberados pela fêmea entre a nadadeira anal do macho, onde serão fertilizados e dispersados na vegetação; este procedimento é repetido várias vezes durante alguns dias. Cerca de 300-600 ovos, eclodem em até 3 dias; larvas nadam livremente após 22 dias.

Peixe Papagaio

Origem: Hibrido (C. citrinellum x C. synspilum)
Comprimento máximo: 26cm
Reprodução: é conseguida através do cruzamento da fêmea com um macho de outro ciclídeo (pois o macho estéril em 99.9% dos casos)
PH: 7,2 a 7,6
Temperatura: 26°C a 30°C
Aquário: grande com muitas plantas e troncos
Comportamento: pacífico porém territorial (não manter com peixes lentos e/ou pequenos).

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Flowerhorn


Flowerhorns, apelido Pesadelo:
by Madhu Soodhanan

Introdução:
Aprimorar a beleza de espécies naturais, inovação para aprimorar a natureza, desenvolvimento de linhagens bonitas e exóticas - estas são as palavras que alguém pode ouvir por um criador de híbridos ou um hobbista apaixonado por híbridos. Mas a verdade é que a hibridização não é nada mais que uma agressão humana ao mundo natural. Muitos de nós conhecem vários híbridos, com os assim chamados "papagaios" e os flowerhorns encabeçando a lista. Neste artigo gostaria de focar no ciclídeo flowerhorn.

O flowerhorn:
Um peixe demoníaco criado na Malásia por volta de 1996-1997 (que pode possivelmente aquirir pernas e sair da água algum dia!), este peixe causou uma tempestade no hobby principalmente em países asiáticos, e está agora se espalhando pelo mundo ocidental. O marketing e em consequência a demanda por este peixe tem crescido exponencialmente. Muitos criadores, distribuidores e proprietários de lojas de aquários hoje têm nestas criaturas o seu principal produto de vendas.

O mito:
O mito consiste em que o calo nupcial do flowerhorn lembra o deus chinês da longevidade. Acredita-se que as marcas pretas no peixe trazem sorte e prosperidade ao proprietário do peixe de acordo com o feng-shui.

Em geral os chineses acreditam em criaturas míticas como dragões. Em tempos recentes aruanãs (que pertencem ao grupo Osteoglossidae, que eram também conhecidos em inglês como bonytongues) eram tidos como capazes de trazer prosperidade já que lembravam o mítico dragão. Similar a isso, o mito do flowerhorn diz que o deus chinês da prosperidade tinha um "galo" no seu pescoço e o flowerhorn também. Acredita-se que quando o calo nupcial cresce, também crescem a conta bancária, a prosperidade e a longevidade do proprietário.

Origem:
Até agora, a origem exata do peixe é desconhecida exceto pelos que o criaram. Mas muitos pesquisadores e especialistas acreditam que 6 ciclídeos do tipo dos Cichlasoma estão envolvidos na criação deste peixe. Acredita-se que Cichlasoma trimaculatum, Cichlasoma festae (red terror), Papagaio, Amphilophus citrinellum (midas), Amphilophus labiatum (red devil) e Vieja synspila sejam seus pais. Existem tantas variedades e linhagens de flowerhorns hoje que é praticamente impossível mesmo para um especialista identificar que espécies estavam envolvidas na criação de tal híbrido. Alguns flowerhorns são inclusive tingidos e/ou são hormonados.

Propósito:
Crescimento exponencial dos lucros para criadores, distribuidores e donos de lojas. Um simples exemplar de flowerhorn alcançou o preço de US$ 319.790,00. A partir deste preço, o propósito é bem óbvio. Ninguém vai ser capaz de vender um trimaculatum, um midas, um red terror ou um redheaded por mais de digamos US$ 100 ou US$ 200. Grandes ganhos a curto prazo são o único propósito atrás da criação desse assim chamado peixe exótico. Mesmo hoje a demanda por flowerhorns é alta, e um flowerhorn colorido com um calo grande não irá ser vendido por menos de US$ 500.

Mania:
Então por que as pessoas são maníacas por este peixe?

A resposta é um pequeno incidente e uma coincidência. Foi dito que uma pessoa ganhou um milhão de dólares na loteria apostando no número correspondente de faixas num flowerhorn. Esta notícia se espalhou como uma tempestade de fogo por toda a Ásia Oriental e várias pessoas esperavam se tornar milionárias apenas por possuir um peixe.

Outra razão para a mania por este peixe é sua beleza. Muitos criadores de flowerhorns dizem ser este o peixe mais bonito.

Ele é também bem fácil de ser cuidado. Já vi um acomodado em um tanque de 75 litros sem problemas. O peixe cresceu até cerca de 28cm com uma cabeça grande, mesmo num espaço restrito.

Flowerhorns são mais populares entre hobbistas amadores que procuram apenas cor, beleza e sorte em um peixe. Eles são os que não entendem a ética do hobby, ou que peixes são mais do que objetos coloridos que nadam.

Catástrofe no hobby:
1. A maior ameaça dos flowerhorns ao aquarismo é de que se tornou muito difícil identificar uma espécie pura de um híbrido. Frequentemente um flowerhorn com cores apagadas é vendido como um trimaculatum e um flowerhorn vermelho é vendido como um redheaded. Muitas lojas vendem flowerhorns em tamanhos de cerca de 1½". Neste tamanho alguns flowerhorns lembram nigros ou mexericas (Etroplus maculatus). Um hobbista na minha localidade confundiu este peixe com um nigro e o colocou em seu tanque de centro-americanos. Quando este peixe demônio cresceu ele eliminou todos os companheiros de aquário e quando o dono percebeu ser um flowerhorn era muito tarde para salvar os companheiros de aquário.

2. A alta demanda para mais variedades tem levado os criadores a práticas cruéis:

•Flowerhorns com barrigas arredondadas são mais procurados, e as espinhas destes peixes são propositalmente entortadas usando alguma tecnologia.
•Flowerhorns ricamente coloridos são procurados, e estes peixes são tingidos.
•Um calo nupcial é procurado, e estes peixes são continuamente estressados por espelhos, luzes fortes e cascalho fosforescente.
3. Aquários são ambientes altamente restritivos. Então a possibilidade de um híbrido como este acasalar com uma espécie pura é muito alta. Se a criação desses peixes-brinquedo continuar numa taxa tão alta, algum dia poderemos não ter nenhuma espécie pura no hobby.

4. Já que é um híbrido suas características são indeterminadas. Ninguém tem certeza do que estas criaturas são capazes. No meu conhecimento um flowerhorn é forte o suficiente para dominar um apaiari e a maioria dos cichlas como o Texas, redheaded cichlids e severums. Também se alguém procura companheiros de aquário para estes peixes, os companheiros e o hobbista estão sentando numa bomba-relógio ativada.

5. Hoje em dia os flowerhorns encontraram um jeito de serem autênticos reprodutores, diferente dos papagaios. As pessoas estão reproduzindo diferentes flowerhorns juntas. Vamos tomar como exemplo um peixe FH1 como sendo um flowerhorn desenvolvido cruzando um trimaculatum e um red terror, e outro flowerhorn FH2 desenvolvido cruzando um trimaculatum com um redheaded. Se FH1 e FH2 procriarem, o resultante será um novo tipo. Um demônio dando origem a um demônio de outro tipo. Imagine o quão terrível o futuro do hobby poderá ser.

6. Flowerhorns amadurecem sexualmente por volta de 10cm e a partir daí eles irão colocar em torno de 200 ovos a cada seis meses. Se a taxa de produção aumentar demais e encher os aquários, para onde irão as espécies puras? Um dia as lojas de aquarismo se tornarão lojas de flowerhorns. Em muitos países asiáticos isso já aconteceu.

Pesadelo para a natureza:
A maior ameaça que essas criaturas monstruosas possuem é contra o mundo natural. Este peixe é tido como sendo um peixe do feng-shui. Um calo maior e boa coloração se acredita que traga boa sorte, então também se acredita no inverso. Quando um flowerhorn perde seu calo ou sua cor acredita-se que ele irá trazer má sorte. Então, muitos proprietários simplesmente jogam os flowerhorns em cursos d'água próximos, e estes "Frankenpeixes" (como o dr. Ron Coleman os chama) tomam conta de todo o ecossistema daquele particular curso d'água. Muitos flowerhorns são criados sendo alimentados com peixes vivos. Quando um peixe de 28cm criado com tal dieta é introduzido num curso d'água, o resultado é óbvio.

Aqui está um estudo de caso:

Existe um pequeno lago chamado Ammapet na minha localidade (no estado de Tamil Nadu, India) com uma área em torno de 4 quilômetros quadrados. Muitos barbos, peixes mosquito (Gambusia spp.), alguns poucos ciclídeos nativos asiáticos como o Etroplus maculatus (mexerica) e o Etroplus suratensis, e uma rica vegetação de hidras e outras ervas aquáticas chamam este lago de casa. Alguns flowerhorns foram soltos neste lago por alguns hobbistas. Estes flowerhorns cresceram até em torno de 30cm neste ambiente selvagem e se reproduziram ali. As espécies menores incluindo os mexerica viraram almoço. Cromídeos verdes (Etroplus suratensis) foram perseguidos e massacrados por estas criaturas agressivas. Não havia peixes para se alimentar da vegetação, e o nível da água caiu drasticamente. Não haviam mais os peixes mosquito para se alimentar dos ovos e o lago se tornou um ponto de reprodução de mosquitos. O equilíbrio ecológico inteiro do lago foi arruinado por apenas um punhado de flowerhorns.

Histórias similares a esta tem se tornado comuns na Malásia. Quase todos os cursos d'água foram infestados com este peixe, embora ainda não há registros deste peixe entrando nas florestas tropicais da Malásia. Mas no futuro se estes demônios encontrarem um caminho para as florestas então espécies altamente ameaçadas como a aruanã asiática (Scleropages formosus) já presente no CITES Apêndice I, e outros peixes nativos irão desaparecer.

Conclusão:
Aquários devem ser considerados como versões em miniatura de ambientes naturais. Mesmo que não consigamos estabelecer perfeitos ecossistemas em nossos aquários, podemos tentar prover ambientes o mais próximo possível dos habitats naturais para apreciar a sua beleza.

Se você quer comprar um flowerhorn apenas por causa do calo nupcial, dê uma olhada no peixe chamado Frontosa (Cyphotilapia frontosa), um ciclídeo do lago Tanganyika. Quando em pequenos grupos num aquário grande o suficiente o macho dominante desenvolve um calo que nenhum flowerhorn irá produzir.

Se cor é o que você procura num peixe, dê uma olhada no ciclídeo redheaded (Cichlasoma synspilum). Ele possui todas as cores do arco-íris.

Se você deseja marcas pretas, um trimaculatum (Cichlasoma trimaculatum) tem um padrão distinto.

Se você está procurando por brilho, considere o ciclídeo Texas (Cichlasoma cyanoguttatum).

Se existem espécies naturais que tem todas as características que alguém espera em termos de extrema beleza, porque optar pelo que foi criado pelo homem? Existem mais de 1500 espécies de ciclídeos na natureza e centenas com uma beleza exuberante e personalidades encantadoras disponíveis para o hobby. Esta disponibilidade é rica o suficiente para preencher as necessidades de qualquer um. Vamos respeitar a Mãe Natureza. Fazer algo terrível não é difícil mas as consequências terão de ser enfrentadas. Pelo que sabemos, apenas um planeta possui a capacidade de criar, suportar e continuar um fenômeno chamado Vida. Não vamos menosprezar este fato.

Então, pare de comprar híbridos, e se você cruzar com algum, não hesite em matá-los. Mesmo se sua consciência não permitir que você o mate nunca o jogue em qualquer curso d'água. Nós como espécie temos o poder de conservar as criações da natureza mas não temos o direito de redesenhá-las. Então diga não aos híbridos, peixes hormonados e espécies geneticamente redesenhadas. Lembre-se, se a compra parar, a produção também irá parar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Jack Dempsey Azul ou Jack Blue

Nome Popular: Jack Dempsey, Jack Dempsey "Blue", Jack Dempsey "Neon Blue"

Outros nomes conhecidos: Heros octofasciatus, Chichlasoma hedricki, Cichlasoma biocellatum, Cichlasoma octofasciatum

Nome Científico: Nandopsis octofasciatum

Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Origem: Pântanos e águas com pouco movimento na Guatemala, Yucatán e Honduras

Dimorfismo sexual
O macho possui nadadeira dorsal e anal pontiaguda, A parte superior de sua nadadeira dorsal é vermelho escuro. Na fêmea a parte superior da nadadeira dorsal é de cor menos brilhante. Os sexos também podem ser identificados pela forma da papila genital. No macho é pontiagudo e na fêmea é redonda.

Sociabilidade: Territoriais, intolerantes o peixe esconde-se frequentemente e pode comer plantas. Formam casais rapidamente, possuem famílias núcleo e são bons pais.
Manutenção recomendada:
Precisam de uma grossa camada de areia fina e tocas feitas de pedra ou raízes para se esconder. É recomendado plantas flutuantes para a cobertura.

Reprodução: Reproduz bem em água ligeiramente alcalina (ph entre 7.0 e 7.5) e dureza de água entre média e dura (8 a 12dGH). A temperatura deve estar entre 26 a 28 graus. A fêmea deposita entre 500 a 800 ovos cuidadosamente em uma rocha/pedra limpa. Os alevinos são mantidos em buracos, cuidadosamente guardados e supervisionados pelos pais.

Alimentação: Todo tipo de comida viva, suplementos a base de algas e vegetais, ração especializada em flocos ou granulada.

Notas especiais: A espécie tem sido mantida por muitos anos em aquários europeus pelo nome de Cichlasoma biocellatum. Esse erro foi descoberto em 1975 por KULLANDER.

Temperatura ideal: 22 a 25 graus
PH Ideal: 7.0 a 7.5
GH Ideal: De 8 a 12 dGH
Tamanho do peixe adulto: Até 20cm
Tamanho aquário recomendado: 90cm
Região do aquário: Meio e fundo
Dificuldade de criação: (1 a 4)
3: Aquaristas avançados

Mexirica

(Etroplus maculatus)

Habitat: Ásia
Família: Ciclídeos
ph: 7,5 - 8,0
Temperatura: 24 - 27ºC
GH: 3 - 5
Tamanho: 9 cm
Manutenção: Média
Agressividade: Territorialista
Aquário mínimo: 100 litros
Alimentação: rações em geral e alimentos vivos. São peixes onívoros, isto é, comem alimentos de origem animal e vegetal. Portanto, não é recomendado colocá-los em aquários plantados.
Características: São um pouco tímidos e assustados, mas não a ponto de ficarem escondidos o tempo todo e baterem contra o vidro quando fogem.
É o único gênero de ciclídeo asiático conhecido. Possui uma cor alaranjada muito viva. É o tipo do peixe que vistoria todos os cantos do aquário, costumando ser agressivo com outros peixes menores
Reprodução: A reprodução é ovípara ocorrendo a desova em grutas ou pedras. Uma dica é colocar o Mexerica em cardume

Frontosa

Biótopo:
Lago Tanganyika - Cyphotilapias

Distribuição Geográfica / População:
Endémico da zona nordeste do lago.

Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC

Alimentação:
Á imagem das restantes Cyphotilapias São carnivoros, comem todo o tipo de comida.
No seu meio meio natural comem outros peixes como cyprichromis e invertebrados. São naturais predadores no seu meio natural.

Em aquário comem todo o tipo de comida congelada desde Krill, camarão, larvas, coração de boi e todo o tipo de granulado.

Dimorfismo Sexual:
Enquanto juvenis são dificeis de distinguir os machos das femeas.

Só por volta dos 2 anos de idade é que atingem a maturidade sexual e começam então as primeiras posturas.
Tal como nos restantes ciclideos o mumero de ovos / alevins por postura aumenta com o avançar da idade.
Depois os machos tendem a ganhar ligeiramente a coloração azul mais carregada e semelhante a todas as Cyphotilapias, desenvolvem na parte superior da cabeça uma grande bossa.

Distinguem-se dos restantes frontosa pela longa, e bem definida lista, que abrange todo o olho.

Tamanho Máximo:
No lago e em estado adulto passam os 30 Cms.

Em aquário podem atingir este tamanho desde que este seja grande o suficiente.

As femeas são sempre mais pequenas do que os machos. em adulto essa diferença pode ser superior a 10cms.

Comportamento:
É um peixe melhor mantido em cardume pois tende a ficar mais á vontade, perder um pouco a sua agressividade e assim o aquáriofilista disfruta melhor do comportamento deste magnifico ciclideo. Caso seja mantido num aquário comunitário tendem a esconder-se e a ficarem isolados num refúgio.

Os machos entre eles são agressivos até haver um dominante depois há o respeito natural da hierarquia.

Nos peixes selvagens, e devido ao seu instinto, tendem a atacar e a predar os restantes habitantes do comunitário.

Reprodução:
São incubadores bocais, em tudo idênticos aos Mbunas do lago Malawi. São peixes de "harem" ou seja devem ser feitas colónias com base num rácio de 1M para 5F. A reprodução é também feita em T e a femea guarda os ovos por um período entre 22 e 25 dias.

Dependendo do tamanho da femea, esta pode guardar até 50 ovos, alguns casos até mais, cabe depois ao aquáriofilista decidir se deixa a femea levar a incubação até ao fim, onde reduz o número de ovos que chegam a alevins, ou se faz a incubação artificialmente
onde o número de ovos que chega a alevins é bem maior. De refrir que os ovos são enormes quando comparados com os de outros ciclideos de menor porte.

Tamanho mínimo do aquário:
Para disfrutar em pleno deste magnifico ciclideo o aquário deve ter no minimo cerca de 800Lts, no entanto é possivel mante-los em aquários mais pequenos, especialmente enquanto no estado de alevins e juvenis, e até porque demoram bastante a crescer e a atingir a maturidade sexual.

Outras Informações:
Esta espécie do género Cyphotilapia tem apenas 6 barras em contraste com a Cyphotilapia frontosa, mais difundida no hobby, que tem 7 barras (note-se que isto é contando a barra que está sobre o olho). Esta é uma espécie que aguarda classificação e que muitas vezes é confundida com a sua congénere Cyphotilapia frontosa

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Rodóstomus


Nome científico: Hemigrammus rhodostomus
Nome popular: Rodóstomus

Apesar de apelidos como nariz de sangue, cabeça de fogo, que dão idéia de um peixe agressivo e briguento, os rodóstomus são um dos peixes mais pacíficos. Esses apelidos se dão pela coloração avermelhada de sua cabeça. É um peixe de cardume, por isso nunca compre apenas um exemplar, opte por um pequeno cardume e se certifique que eles estão saudáveis, através do brilho do seu corpo.

Os rodóstomus são um pouco exigentes quanto a qualidade da água, mantenha a temperatura entre 23 e 25 graus e o pH em torno de 6.5. Nunca deixe ocorrer mudanças bruscas na temperatura, pois eles são muito sensíveis a elas.

A alimentação é um fator determinante para que o colorido do rodóstomus fique intenso. Ofereça uma dieta com flocos, artêmia, tubifex, dáfnias, espinafre cozido. Não têm preferência ao tipo de vegetação, use uma iluminação moderada. O rodóstomus pode alcançar 5 cm.

Reprodução

São poucos os casos de reprodução bem-sucedida com esta espécie. Mas os cuidados são os mesmos dos caracídeos, isto é, um aquário espaçoso, bem plantado e com temperatura constante de 25 graus. Os ovos ficam depositados entre as raízes e pequenas folhas de plantas. Após um período de incubação, que vai de 2 a 3 dias, surgem os filhotes.

Durante os primeiros dias de vida, os alevinos irão se alimentar dos próprios nutrientes que o habitat oferece, mas você também pode oferecer infusórios. Quando atingem metade do tamanho adulto podem receber a mesma dieta dos pais.

sábado, 9 de julho de 2011

Johanni


Biótopo:
Lago Malawi - Mbunas

Distribuição Geográfica / População:
É encontrado na zona este do lago Malawi, entre Makanjila Point e Metangula. Algumas populações conhecidas: Gome; Masinje; Makanjila Point; Metangula

Características da água:
Temperatura: 23ºC a 28ºC
Ph: 7.8 a 8.6
Kh: 4 a 8º

Alimentação:
No lago alimentam-se da biocobertura das rochas. Esta biocobertura é um sistema biológico composto por algas e um largo número de minúsculos invertebrados que nelas vivem (denominados de aufwuchs). Peixes recém-nascidos que sejam encontrados também fazem parte da sua dieta e também se alimenta de plâncton na coluna de água. Em aquário devem ser alimentados com comida própria para peixes consentâneos com uma alimentação rica em matéria vegetal.

Dimorfismo Sexual:
O macho é em de um azul eléctrico, listado na horizontal com uma base em azul-escuro ou preto, com listas de azul-claro.
A fêmea e os juvenis são de um amarelo-torrado.

Tamanho Máximo:
Macho: 12cm
Fêmea: 10cm

Comportamento:
É uma espécie relativamente calma, em comparação com o seu primo Cyaneorhabdos, que é bem mais agressivo.

Reprodução:
Incubador bocal maternal. O acasalamento realiza-se num local para onde o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos giratórios sobre os ovos depositados. No ritual, a fêmea deposita ovo a ovo no solo, o macho fertiliza-o e a fêmea coloca-o na boca dando início à incubação. Ao fim de 10 dias os ovos eclodem mas a fêmea irá protegê-los na sua boca durante mais 15 dias. No final do período de incubação os alevins são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação. O número de ovos por cada incubação depende do tamanho da fêmea sendo normalmente entre 15 e 30.

Tamanho mínimo do aquário:
100cm de frente

Outras Informações:
Pertence ao grupo Johanni, juntamente com os Cyaneorhabdos, Interruptus e Perileucos.
É muitas vezes confundido com o Cyaneorhabdos, pois este tem como nome comercial Electric Blue Johanni, o que leva as pessoas a pensarem, erradamente, que é a mesma espécie, além disso têm a coloração absolutamente igual, sendo que as eventuais diferenças são a maior robustez do Johanni e, além disso, enquanto no caso dos Cyaneorhabdos, as fêmeas e os juvenis são iguais ao macho, no caso dos Johanni, as fêmeas e os juvenis são de um amarelo-torrado.
Este peixe tem a particularidade de detectar odores e cheiros na água. Para isso suga a água, retendo-a na boca o tempo necessário para a cheirar.
Tem uma esperança média de vida de 12 anos.

Autor:
Sérgio Tavares

Última Actualização:
2010-12-10

Referências Bibliográficas:
Konings, A. (2003). Guide to Back to Nature Malawi Cichlids. 2nd Edition, Cichlid Press. El Paso. USA

Chipokee

Família: Ciclideos

Nome comum: Chipokee

Nome científico: Melanochromis Chipokae

Distribuição geográfica: Lago Malawi (Africa)

Comprimento: 12 cm

Temperatura: Entre 25º e 27° C

PH: Entre 7,6 e 8,5

GH: 12-16

Alimentação:

Aceitam com prazer qualquer tipo de alimento seco ou congelado.

Comportamento:

Eles normalmente são agressivos para todas as espécies do aquário, mas principalmente com sua própria espécie. É melhor manter pelo menos três fêmeas para cada macho. Se mantiver menos, é provável que as fêmeas sejam perseguidos implacavelmente, e haja mortes até. É melhor fornecer muitos esconderijos, para que os outros peixes se possam esconder da agressão.


Dimorfismo sexual:

Omacho tem um corpo azul escuro com luz e barras azuis. As fêmeas têm coloração mais distinta, amarelo e preto.


Reprodução:

Melhoramento genético de M. chipokae não é particularmente difícil, e eles tendem a ficar sexualmente maduros muito jovens. As fêmeas podem ficar grávidas com cinco centímetros. Os alevinos estão prontos para ser liberados, e totalmente desenvolvidos por 21 dias, e uma maior fêmea pode transportar até 50 alevinos duma só vez. Os alevinos são miniaturas da mãe, nesta dimensão, e crescem mais rápido do que a maioria dos mbunas. Os alevinos podem ser criados com flocos esmagados, ou recém-eclodidos de Artemia (Artemia salina bebê).

Auratus

“Um harém, mordomia e muita briga! Pra que mais?”. Um dos mais belos espécimes de ciclídeos africanos, os famosos CAs, é o auratus. Dono de um temperamento nada amigável e cara de poucos amigos parecem ser uma constante com esse ciclídeo tão amado pelos aquaristas de todo o mundo

Apesar de ser um peixe que não ultrapassa grandes proporções, cerca de 10 cm, o auratus necessita de grandes espaços para que possa nadar com toda desenvoltura de um verdadeiro CA. Portanto um aquário de capacidade mínima para 200 litros, já é suficiente para manter um macho e seu pequeno harém (4 fêmeas já o deixarão mais tranqüilo), visto que a agressividade do macho não poupa nem mesmo as fêmeas que por sua vez são mais calmas e pacíficas que ele.

Dois machos no mesmo tanque não é aconselhável, pois brigariam até a morte de um deles, mas já houve casos que dois machos foram colocados bem jovens no cativeiro e um deles desenvolveu a coloração típica das fêmeas, sendo, portanto, menos molestado.

Dessa forma, deve-se evitar esse tipo de situação, até para a saúde de seus peixes. Como os machos costumam dominar todo o ambiente, aquários comunitários também não são recomendados, sendo bom manter um aquário só para a espécie.

O aquário deverá ter um substrato macio, pois os auratus são exímios cavadores e realizam essa tarefa quase que constantemente, então, areia lavada, é uma ótima opção para o substrato do aquário. Plantas, estas deverão ser bem resistentes à difícil índole do peixe. Alguns aquaristas costumam colocar as plantas em vasinhos (aqueles de violeta ou feitos de barro), para dificultar o trabalho do auratus de arrancá-las.

O pH deverá oscilar por volta de 8,0 e a temperatura por volta de 26ºC. Dê atenção para a filtragem mecânica para compensar a bagunça feita pelo auratus, além disso, manterá a água sempre cristalina. Eles apreciam vegetais então, ofereça-lhes alface, espinafre e cenoura cozidos, além de rações em flocos e pelo menos uma vez por mês pequenas porções de artêmias, esta ultima como fonte fósforo e vitaminas B e E essenciais na reprodução.

Falando em reprodução, saiba que o auratus se reproduz até com certa facilidade em aquários e como é de costume, ele pode copular com várias fêmeas ao mesmo tempo.

Diferenciá-los é bem fácil quando adultos: Ele é maior, mais escuro e suas listras negras são de uma espessura maior que na fêmea. Ela e um pouco menor e de coloração amarelo ouro com algumas listras negras cortando seu corpo na horizontal.

Na época da reprodução o macho fica mais agressivo e com as cores bem acentuadas. Ele passará então a perseguir as fêmeas para tentar uma cópula. Então monte tocas no aquário para que as fêmeas possam se refugiar de seu fogoso companheiro. Se a fêmea o aceitar eles passarão a nadar perto do substrato onde acontecerá a desova. A fêmea irá liberar os ovos na água que serão logo fertilizados pelo macho.

A incubação é bucal, isto é, a fêmea irá recolher os ovos na boca, por mais ou menos uma semana até que nasçam os filhotes (a fêmea nesse período deixa de se alimentar). A fêmea ainda abriga os filhotes na boca por mais 10 ou 15 dias após o nascimento. Ela faz isso, quando existe alguma situação de perigo ou ainda para manter os filhotes todos juntos. O macho não costuma agredir a prole, mas se acontecer é conveniente separar o pai.

Nome científico: Melanochromis auratus
Origem: África (Lago Malawi)
pH: 7,8 a 8,4
Temperatura: 27ºC
Dureza: 14 dH
Tamanho adulto: 11cm
Tamanho do aquário: 200L
Alimentação: onívoro

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Injetor de Co2 caseiro

Introdução:
Recentemente, com o auxílio da internet, e por ser uma novidade barata e fácil de fazer, o injetor caseiro de CO2 virou uma verdadeira coqueluche. Tem gente dizendo até que ele é "fundamental para quem quer ter plantas no aquário". Como resultado, tem muita gente usando-o sem ter a menor idéia de como realmente funciona, pra que serve, e qual a relação com os outros itens do aquário. Baseiam-se apenas no conceito simplista de que "o CO2 ajuda no crescimento das plantas" e saem usando. Parece que dá status dizer: "EU INJETO CO2", e todo mundo quer aprender a montar um injetor, até quem nem tem plantas naturais!

Este artigo vai ensinar como montar o injetor caseiro (só precisa de umas poucas linhas para isso) mas, antes disso, vamos discutir a real necessidade de injeção de CO2 e em que situações ele é uma vantagem.

Afinal o CO2 é necessário?
A confusão já começa com a própria pergunta. Se você quer saber se o CO2 é necessário para ter plantas no aquário, a resposta é simples: SIM! O CO2 é um ítem fundamental para a fotossíntese das plantas, um processo onde elas pegam o CO2 e, com ajuda de luz e alguns outros nutrientes, transformam-no em açúcares, carbohidratos e outros compostos vitais, liberando oxigênio no final.

Sem o CO2 as plantas são incapazes de realizarem este metabolismo normal e morrem rapidamente. Acontece que o CO2 é um composto que faz parte da nossa atmosfera (todo mundo já ouviu falar do "efeito estufa" que é causado pelo excesso de CO2 no ar), e além disso ele dissolve muito facilmente na água. Por isso toda água sempre tem algum teor de CO2 dissolvido nela. A pergunta correta então é: "Afinal é necessário INJEÇÂO EXTRA de CO2 para as plantas crescerem no aquário?" E a resposta para esta pergunta também é bastante simples: DEPENDE! :-)

Como já dissemos, toda água tem um pouco de CO2 dissolvido nela, que vai ser usado pelas plantas para realizar fotossíntese. Mas, dependendo dos outros ítens da sua montagem, esta quantidade pode ou não ser suficiente para que as plantas realizem a fotossíntese a uma taxa mínima necessária para ficarem saudáveis e bonitas. Alguns ítens muito importantes são:

Os níveis de pH, dureza e temperatura da água

A quantidade e o tipo de filtragem

A quantidade e o tipo de plantas

A quantidade e o tipo de luz

A quantidade e o tipo de nutrientes


Basta olhar para a lista acima para perceber que a questão é muito mais complexa. A química da água influi porque ela determina diretamente qual a quantidade de CO2 dissolvido que consegue ficar em equilíbrio com o CO2 gasoso na atmosfera. A filtragem e a circulação da água também influem diretamente no teor de CO2, porque da mesma maneira que ele dissolve facilmente na água, ele escapa da água com igual facilidade. Você pode pensar no seu aquário como uma grande garrafa de refrigerante, porque o "gás" do refrigerante é justamente o CO2. O que acontece quando a gente "agita" o refrigerante? Sai todo o gás, certo? O mesmo acontece com o aquário...quanto mais a água for "agitada" por causa da filtragem e circulação, mais CO2 escapa e menor é o teor dele dissolvido. A quantidade e o tipo de plantas também influi porque quanto mais plantas, mais CO2 vão consumir e, se este começar a faltar elas vão competir entre si. Aí as espécies mais resistentes e adaptáveis começam a prejudicar o crescimento das espécies mais sensíveis. A luz e os nutrientes influem porque elas também fazem parte da fotossíntese. Como dissemos, existe uma taxa mínima de fotossíntese para que elas fiquem saudáveis, mas se você aumentar equilibradamente a oferta do trio LUZ/NUTRIENTES/CO2, as plantas irão alegremente acelerar a taxa de fotossíntese a níveis anormalmente altos e crescer como loucas.

Chegamos então à seguinte conclusão: se você quer ter uma quantidade média de plantas bonitas, saudáveis, com as folhas bem verdinhas, e a sua montagem é tal que iluminação e nutrientes são adequados e o teor de CO2 dissolvido é suficiente para garantir o mínimo necessário de fotossíntese, então a resposta é: NÂO! Você não precisa nem deve injetar CO2 extra. Agora, se você quer um aquário super-plantado, super-iluminado, com dezenas de espécies variadas que cresçam super-rápido, soltando bolhas de oxigênio no fim do dia, daí sim vai ser indispensável injetar CO2.

Mas o que eu faço então?
Bom, acima de tudo NUNCA, JAMAIS acredite que é só injetar CO2 e as folhas vão parar de amarelar e morrer, e que as plantas vão começar a crescer que nem loucas. Isso está completamente errado...CO2 não resolve o problema de plantas que estejam definhando! Você estará apenas pondo em risco a qualidade e estabilidade do seu aquário, a vida das suas plantas e principalmente a dos seus peixes. Se as suas plantas estão indo mal, primeiro você vai ter que equilibrar todos os outros itens do aquário:

Tenha uma iluminação adequada. A questão de iluminação para plantas também é bastante complexa e extensa demais para colocar aqui, procure outros artigos específicos sobre isso.
Use algum fertilizante para o cascalho, e tenha uma camada de cascalho adequadamente espessa (as raízes precisam crescer, em muitas espécies são elas que absorvem a maior parte dos nutrientes);
Use também um fertilizante líquido (em outras espécies os nutrientes são absorvidos mais rapidamente pelas folhas);
Tenha uma filtragem correta, nem muito forte e nem muito fraca, nunca esquecendo de limpar o filtro e das trocas parciais. Evite aeradores e filtros que agitem demais a água.
Mantenha preferencialmente o pH entre 6,2 e 7,4, dureza média para baixa, e temperatura entre 20 e 27°C.
Fazendo isso, a maioria das plantas mais comuns muito provavelmente estarão saudáveis e com um bom crescimento, pois a fotossíntese estará funcionando normalmente. Não se engane, nem se deixe enganar, pensando que o crescimento está muito lento, pois na natureza, em geral o crescimento também é lento. Se e quando tudo isso estiver funcionando bem, daí você pode pensar em estimular as plantas com CO2 extra (aumentando a fotossíntese), fazendo com que elas cresçam anormalmente rápidas, soltem bolhas de oxigênio etc. Porém quando injetar o CO2, você vai ter que aumentar os outros nutrientes e a iluminação também, senão estará apenas desperdiçando CO2. Muitas vezes já foi dito que a falta de um dos três elementos principais, para a fotossíntese (nutrientes, iluminação e CO2), vai limitar o crescimento das plantas. Mas isso também não é completamente correto, pois o excesso de apenas um elemento (ou de um nutriente) pode simplesmente parar com o crescimento das plantas e/ou favorecer o crescimento de algas.

Como montar o injetor
OK, se você leu e entendeu tudo que foi discutido acima, então agora está preparado para aprender a montar e usar corretamente um injetor caseiro de CO2, que como já dissemos é extremamente simples.

Material para a garrafa:

1 garrafa de plástico de 2 litros, com tampa;
1 mangueirinha fina de plástico (dessas usadas em aquários com bomba de ar);
1 pedra porosa (opcional);
Silicone para aquário.
Procedimento: Faça um furo na tampa da garrafa, de modo que a mangueirinha passe bem apertada por ele. Insira a mangueira até ela entrar cerca de 3 cm abaixo da tampa, e depois passe silicone em volta do furo para selar. Deixe secar por 1 dia. A mangueira deve ser comprida o suficiente para ir da posição da garrafa até o fundo do aquário. Coloque uma pedra porosa na saída da mangueira se quiser bolhas mais finas.

Material para a mistura:

1 colher de chá de fermento BIOLÓGICO (preferencialmente em pó);
2 a 3 xícaras de açúcar refinado;
½ colher de chá de Bicarbonato de Sódio;
1,5 litros de água (preferencialmente de filtro, sem cloro).
Procedimento: Dissolva bem o fermento, o açúcar e o bicarbonato na água. Despeje dentro da garrafa e feche bem. As bolhas em geral levam cerca de 1 hora para começarem a sair. Um injetor bem montado vai ficar produzindo bolhas por cerca de 10-15 dias.

Apresentamos aqui apenas uma descrição bem básica de uma das maneiras de montá-lo. Existem muitas variantes que podem ser encontrados em outros artigos na net. Também existem alguns comentários e detalhes que podem ajudar quem quer usar ou otimizar o CO2 caseiro, mas isso também fica pra outros artigos. Pois o objetivo principal aqui era de esclarecer e preparar o interessado para que ele tome a sua decisão baseado em informações racionais e não em modismo!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

EXOTICOS (Lagosta, Caramujo, Caranguejo)


Não são mais apenas os peixes que povoam os aquários colocados como artigos decorativos em ambientes domésticos e de trabalho. Agora, eles dividem espaço com lagostas, caramujos, caranguejos e mesmo pequenas rãs albinas. Os animais dão um toque exótico à prática do aquarismo, despertando a curiosidade e chamando a atenção das pessoas.
“Muitos dos animais exóticos, além de proporcionarem beleza aos aquários, trazem benefícios aos mesmos, ajudando a mantê-los limpos. As espécies comercializadas ainda são consideradas novidades dentro do aquarismo, agradando a algumas pessoas e parecendo um pouco estranhas a outras”, comenta o consultor em aquarismo Wander Nascimento, que é proprietário do Aquarium Flora & Fauna, localizado no bairro Santa Felicidade, em Curitiba.

Por não serem originários do Brasil, os animais existentes no mercado não podem ser soltos na natureza. Quem adquirir um deles e depois de um tempo, por qualquer razão, não puder ou não quiser mais mantê-lo, deve doá-lo à uma loja de aquários ou à alguma pessoa conhecida que possa se responsabilizar pelo bicho. A soltura indiscriminada pode resultar em desequilíbrio ambiental, sendo que a espécie exótica pode vir a disputar espaço e alimento com espécies nacionais.

Muitos dos animais exóticos encontrados à venda no mercado são específicos para aquários de água doce, podendo ser mantidos com certa tranqüilidade, com baixo investimento financeiro, sem necessidade de grandes esforços e sem tomar muito tempo dos proprietários. Entre eles estão: o caramujo amarelo ou albino, o caranguejo poã e a rã albina.

Caramujo

Os caramujos amarelos ou albinos (Corbicula sp.) se alimentam de algas depositadas em vidros, troncos e ornamentos. Quando mantidos junto com peixes, comem os restos de ração dos mesmos, contribuindo com a limpeza do aquário. “Os caramujos são excepcionais comedores de algas ‘peteca’ que se depositam no cascalho de fundo dos aquários. Estas algas são consideradas pragas e geralmente muito difíceis de serem eliminadas”, diz Wander.

Hermafroditas, os caramujos são considerados muito resistentes e se reproduzem no aquário. Porém, como colocam ovos fora da água, são de fácil controle e não há perigo de virarem pragas. Uma característica curiosa do animal é que periodicamente ele entra em estado de dormência, passando longos períodos dentro de sua concha. Muitas vezes, pessoas desavisadas o jogam fora achando que ele está morto. o que realmente acontece é que quando o animal morre, ele sai para fora da concha.

Cada caramujo custa entre R$ 1,50 e R$ 4. O aconselhável é que os animais sejam mantidos em grupos de três ou mais indivíduos.

Caranguejo poã

Presente em grande parte do mundo, o caranguejo poã é encontrado em enormes grupos no Brasil, habitando toda a costa do País. Na natureza, ele passa boa parte do tempo na terra, indo para dentro d’água apenas para procurar alimentos (principalmente material em putrefação). “Quando livres na natureza, os caranguejos machos sobem em locais altos para acenar para o sol. São vistos em grupos grandes dando pequenos soquinhos com a garras como se estivessem realmente acenando”, conta o consultor em aquarismo.

Em aquários, o caranguejo se adapta e passa a viver apenas dentro da água, desenvolvendo respiração branquial. Ele pode viver mesmo em ambientes pequenos e em qualquer temperatura, necessitando que haja apenas circulação da água doce ou salobra. Os machos se diferem das fêmeas pelo tamanho das garras. Elas as possuem bem menores do que eles. Todos os indivíduos trocam de carapaça e também ajudam a manter a higiene do aquário. Custam entre R$ 3 e R$ 5, tendo tempo de vida indeterminado.

Rã albina
Originária de Singapura, no continente asiático, a rã albina pode ser mantida em casa até mesmo dentro de uma bacia. Ela não necessita nem de controle de temperatura, nem de circulação de água, precisando apenas que a mesma seja trocada uma vez por semana. Embora respire fora da água, não costuma sair de dentro da mesma. Desta forma, não há perigo de ela sair andando pela casa e se perder ou mesmo assustar alguma visita.

A rã se alimenta de ração de peixes, anfíbios e répteis (como tartarugas) e é encontrada à venda por preços que variam de R$ 15 a R$ 30. Ela pode ser vista em tamanhos variados, convivendo bem com peixes grandes. Só não deve ser mantida com peixes muito pequenos, podendo vir a predá-los. O animal é ativo durante todo o dia, sendo considerado simpático e engraçado.


Wander: “Animais exóticos trazem benefícios aos aquários”.
Lagostas são grandes novidades
Embora ainda seja considerada novidade, também está se tornando comum nos aquários de água doce a presença de lagostas. Três delas se destacam e são encontradas mais facilmente para comercialização: lagosta filtradora, lagosta vermelha e lagosta cherax.

Elas ajudam a manter a limpeza do ambiente em que vivem e trocam a “casca” (exoesqueleto) à medida em que vão crescendo. Parte desta é comida, pois é considerada rica em proteínas. Resistentes, as três espécies podem viver bastante tempo e não necessitam de muitos cuidados. São sensíveis apenas à utilização de remédios para parasitas colocados na água com o objetivo de manter a saúde de peixes. Os medicamentos podem matá-las.

Filtradora

No mercado de aquarismo há cerca de quatro anos, a lagosta filtradora é encontrada nas cores azul petróleo, marrom e castanho-avermelhado. Ela mede até doze centímetros e deve ser deixada em grupos de três ou quatro indivíduos, dificilmente se reproduzindo dentro do aquário. Assim como o caranguejo poã, para viver só necessita de circulação de água, que pode ser feita através da utilização de bomba ou filtro.

Com garras pequenas, o animal não é considerado predador, podendo tranqüilamente ser deixado junto com peixes. Como alimento, ele procura na água zooplanctos e restos de ração. Passa grande parte do dia entocado e, por isso, é aconselhável que tenha algum objeto dentro do aquário no qual possa se esconder.

Vermelha

A lagosta vermelha tem como nome científico Procambarus clarkii. Como o próprio nome diz, ela é avermelhada, podendo ser encontrada nos tons vermelho-sangue a bordô. Algumas vezes, também é vista na cor marrom, embora seja mais raro. Podendo atingir vinte centímetros de comprimento, come tudo o que encontra no aquário, como materiais em putrefação, restos de ração e mesmo plantas.

Considerada predadora, deve ser mantida sozinha (um indivíduo em aquários pequenos ou mais de um em aquários grandes) ou com peixes ágeis, que saibam se livrar dela. Caso contrário, estes podem vir a ser devorados. Há cerca de dez anos no mercado, custa entre R$ 4 e R$ 12, também não se reproduzindo no aquário.

Cherax

De origem australiana, a lagosta cherax é encontrada no mercado brasileiro de aquarismo há apenas dois anos, custando entre R$ 40 e R$ 60. Considerada mais robusta que a filtradora e a vermelha, pode atingir tamanho de até 25 centímetros. Com corpo ciano esverdeado e detalhes em vermelho fogo nas patas, é considerada um animal de grande beleza. Come restos de ração, peixes e plantas, dificilmente sendo mantidas no mesmo ambiente que estes. “As pessoas geralmente precisam de um aquário próprio para mantê-las”, finaliza Wander.