domingo, 28 de agosto de 2011

Apteronotus albifrons (Ituí Cavalo)


Quem nunca ouviu falar em "Enguia" ou peixe elétrico? O Ituí Cavalo pode até ser visto como uma espécie de "Enguia" mas sua descarga elétrica é bem fraca, não sendo suficiente nem para matar um peixe pequeno, o que o torna uma ótima opção para quem quer ter uma espécie exótica no aquário.
Totalmente cego, este peixe se localiza através de um campo eletro-magnético que forma à sua volta, dessa forma ele pode detectar corpos que estejam próximos à ele, inclusive conseguindo distinguir os seres vivos de objetos mortos, através da diferença de condutividade que há entre eles.

De hábitos noturnos, este peixe não será visto com muita frequência quando as luzes do aquário estiverem acesas, principalmente em aquários muito iluminados, por isso é importante oferecer abrigos para o animal, que podem ser troncos ocos, plantas de folhas largas que criem áreas de sombra, rochas etc.

Habitante da Bacia Amazônica, pode ser mantido num aquário comunitário sem problemas desde que os demais peixes tenham o mesmo tamanho que ele ou sejam maiores, peixes menores fatalmente virarão caça do Ituí Cavalo durante a noite, outro fator importante é que ele seja mantido com peixes de índole pacífica como a dele e caso deseje manter mais de um Ituí Cavalo no aquário, este deve ser espaçoso, no mínimo 500 litros e com muitas tocas, para que as brigas sejam menos freqüentes entre a espécie. O pH ideal é levemente ácido e a temperatura em torno de 26ºC. O comportamento do Ituí Cavalo pode assustar aos desavisados pois é comum vê-lo deitado ao fundo do aquário ou nadando em posições "estranhas", o que é comum para a espécie.

Sua sensibilidade à medicamentos é maior que a da maioria dos peixes, então deve-se tomar muito cuidado ao usar algum medicamento na água deste peixe, principalmente os à base de sulfato de cobre.

A alimentação consiste em alimentos vivos como artêmia salina, tubifex, minhocas etc, mas também pode ser condicionado à aceitar ração. A reprodução em cativeiro não é muito conhecida e são raros os casos de sucesso.

Nome científico: Apteronotus albifrons
Origem: Brasil (Bacia Amazônica)
pH: 6,6 a 6,9
Temperatura: 26ºC
Dureza: 7ºDH
Tamanho adulto: 45cm
Tamanho do aquário: 500L
Alimentação: onívoro
Reprodução: ovíparo

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Peixe Corda (Erpetoichthys calabaricus)




Nome Popular: Peixe Corda, Peixe Cobra,
Erpetoichthys calabaricus
Rope Fish, Reedfish

Família: Polypteridae

Distribuição: África: Foz do Rio Ogun e delta do Rio Niger, na Nigéria, e também no rio Congo desde Brazzville (Congo) até sua desembocadura

pH: 6.0 – 8.0 dureza: 5-19 temperatura: 22°C – 28°C

Tamanho adulto: 90 cm (comum 60 cm)

Sociabilidade: Sozinho ou Grupo. Extremamente pacífico com outras espécies, embora possa comer peixes menores

Manutenção: Médio

Zona do aquário: Fundo

Aquário mínimo: 150x50x50 (375L. Aquário deverá ser densamente plantado com muitos troncos formando refúgios. Deve-se usar tampas de vidro, pois esta espécie é um artista em escapar do aquário. Substrato arenoso e macio.

Alimentação: Carnívoro, essecialmente insetivoro. Alimenta-se de vermes, crustáceos e pequenos peixes vivos, normalmente desprezando alimentos secos. Embora sabe-se que alguns exemplares podem aceitar alimentos comerciais (raro), deve-se fornecer primariamente alimentos vivos ou congelados como carne, minhoca, mexilhão, bloodworm, artêmia, etc.

Características: Unica espécie do gênero Erpetoichthys, de hábito noturno e bastante resistente. Possui visão fraca, compensada em seu excelente olfato para localizar alimentos. Está intimamente relacionado ao gênero Polypteridae e ambos são considerados verdadeiros fósseis vivos. Fósseis de parentes anteriores datam o período Triássico, durante o desenvolvimento dos dinossauros, há 200 milhões de anos atrás.

Assim como espécies do gênero Polypteridae, possui diversas adaptações como a vesicula natatória dividida em duas partes, sendo a do lado direito maior, funcionando como órgão acessório de respiração, indicando que esta espécie pode viver curtos períodos fora da água, desde que mantido úmido, ou pode frequentar ambientes pobres em oxigênio. Se lhe for negado acesso ao ar atmosférico, pode literalmente morrer afogado.

Juvenis possuem brânquias externas que são perdidas conforme o peixe amadurece. Estas característica lhe permite caçar potenciais presas em águas rasas ou fora da água, além de poder migrar de um lago para outro quando há escassez de alimentos e claramente indica a ligação desta espécie entre a evolução de peixes e anfíbios.

A espécie está ameaçada pelas plantações de óleo de palma nas regiões costeiras da África central. Na África ocidental, é ameaçada pela degradação do habitat / perda devido a drenagem de zonas húmidas para a agricultura e o desenvolvimento urbano e desmatamento.

Reprodução: Ovíparo. Machos perseguem a fêmea nadando a seu lado; macho envolve a fêmea com sua nadadeira caudal; ovos são liberados pela fêmea entre a nadadeira anal do macho, onde serão fertilizados e dispersados na vegetação; este procedimento é repetido várias vezes durante alguns dias. Cerca de 300-600 ovos, eclodem em até 3 dias; larvas nadam livremente após 22 dias.

Peixe Papagaio

Origem: Hibrido (C. citrinellum x C. synspilum)
Comprimento máximo: 26cm
Reprodução: é conseguida através do cruzamento da fêmea com um macho de outro ciclídeo (pois o macho estéril em 99.9% dos casos)
PH: 7,2 a 7,6
Temperatura: 26°C a 30°C
Aquário: grande com muitas plantas e troncos
Comportamento: pacífico porém territorial (não manter com peixes lentos e/ou pequenos).

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Flowerhorn


Flowerhorns, apelido Pesadelo:
by Madhu Soodhanan

Introdução:
Aprimorar a beleza de espécies naturais, inovação para aprimorar a natureza, desenvolvimento de linhagens bonitas e exóticas - estas são as palavras que alguém pode ouvir por um criador de híbridos ou um hobbista apaixonado por híbridos. Mas a verdade é que a hibridização não é nada mais que uma agressão humana ao mundo natural. Muitos de nós conhecem vários híbridos, com os assim chamados "papagaios" e os flowerhorns encabeçando a lista. Neste artigo gostaria de focar no ciclídeo flowerhorn.

O flowerhorn:
Um peixe demoníaco criado na Malásia por volta de 1996-1997 (que pode possivelmente aquirir pernas e sair da água algum dia!), este peixe causou uma tempestade no hobby principalmente em países asiáticos, e está agora se espalhando pelo mundo ocidental. O marketing e em consequência a demanda por este peixe tem crescido exponencialmente. Muitos criadores, distribuidores e proprietários de lojas de aquários hoje têm nestas criaturas o seu principal produto de vendas.

O mito:
O mito consiste em que o calo nupcial do flowerhorn lembra o deus chinês da longevidade. Acredita-se que as marcas pretas no peixe trazem sorte e prosperidade ao proprietário do peixe de acordo com o feng-shui.

Em geral os chineses acreditam em criaturas míticas como dragões. Em tempos recentes aruanãs (que pertencem ao grupo Osteoglossidae, que eram também conhecidos em inglês como bonytongues) eram tidos como capazes de trazer prosperidade já que lembravam o mítico dragão. Similar a isso, o mito do flowerhorn diz que o deus chinês da prosperidade tinha um "galo" no seu pescoço e o flowerhorn também. Acredita-se que quando o calo nupcial cresce, também crescem a conta bancária, a prosperidade e a longevidade do proprietário.

Origem:
Até agora, a origem exata do peixe é desconhecida exceto pelos que o criaram. Mas muitos pesquisadores e especialistas acreditam que 6 ciclídeos do tipo dos Cichlasoma estão envolvidos na criação deste peixe. Acredita-se que Cichlasoma trimaculatum, Cichlasoma festae (red terror), Papagaio, Amphilophus citrinellum (midas), Amphilophus labiatum (red devil) e Vieja synspila sejam seus pais. Existem tantas variedades e linhagens de flowerhorns hoje que é praticamente impossível mesmo para um especialista identificar que espécies estavam envolvidas na criação de tal híbrido. Alguns flowerhorns são inclusive tingidos e/ou são hormonados.

Propósito:
Crescimento exponencial dos lucros para criadores, distribuidores e donos de lojas. Um simples exemplar de flowerhorn alcançou o preço de US$ 319.790,00. A partir deste preço, o propósito é bem óbvio. Ninguém vai ser capaz de vender um trimaculatum, um midas, um red terror ou um redheaded por mais de digamos US$ 100 ou US$ 200. Grandes ganhos a curto prazo são o único propósito atrás da criação desse assim chamado peixe exótico. Mesmo hoje a demanda por flowerhorns é alta, e um flowerhorn colorido com um calo grande não irá ser vendido por menos de US$ 500.

Mania:
Então por que as pessoas são maníacas por este peixe?

A resposta é um pequeno incidente e uma coincidência. Foi dito que uma pessoa ganhou um milhão de dólares na loteria apostando no número correspondente de faixas num flowerhorn. Esta notícia se espalhou como uma tempestade de fogo por toda a Ásia Oriental e várias pessoas esperavam se tornar milionárias apenas por possuir um peixe.

Outra razão para a mania por este peixe é sua beleza. Muitos criadores de flowerhorns dizem ser este o peixe mais bonito.

Ele é também bem fácil de ser cuidado. Já vi um acomodado em um tanque de 75 litros sem problemas. O peixe cresceu até cerca de 28cm com uma cabeça grande, mesmo num espaço restrito.

Flowerhorns são mais populares entre hobbistas amadores que procuram apenas cor, beleza e sorte em um peixe. Eles são os que não entendem a ética do hobby, ou que peixes são mais do que objetos coloridos que nadam.

Catástrofe no hobby:
1. A maior ameaça dos flowerhorns ao aquarismo é de que se tornou muito difícil identificar uma espécie pura de um híbrido. Frequentemente um flowerhorn com cores apagadas é vendido como um trimaculatum e um flowerhorn vermelho é vendido como um redheaded. Muitas lojas vendem flowerhorns em tamanhos de cerca de 1½". Neste tamanho alguns flowerhorns lembram nigros ou mexericas (Etroplus maculatus). Um hobbista na minha localidade confundiu este peixe com um nigro e o colocou em seu tanque de centro-americanos. Quando este peixe demônio cresceu ele eliminou todos os companheiros de aquário e quando o dono percebeu ser um flowerhorn era muito tarde para salvar os companheiros de aquário.

2. A alta demanda para mais variedades tem levado os criadores a práticas cruéis:

•Flowerhorns com barrigas arredondadas são mais procurados, e as espinhas destes peixes são propositalmente entortadas usando alguma tecnologia.
•Flowerhorns ricamente coloridos são procurados, e estes peixes são tingidos.
•Um calo nupcial é procurado, e estes peixes são continuamente estressados por espelhos, luzes fortes e cascalho fosforescente.
3. Aquários são ambientes altamente restritivos. Então a possibilidade de um híbrido como este acasalar com uma espécie pura é muito alta. Se a criação desses peixes-brinquedo continuar numa taxa tão alta, algum dia poderemos não ter nenhuma espécie pura no hobby.

4. Já que é um híbrido suas características são indeterminadas. Ninguém tem certeza do que estas criaturas são capazes. No meu conhecimento um flowerhorn é forte o suficiente para dominar um apaiari e a maioria dos cichlas como o Texas, redheaded cichlids e severums. Também se alguém procura companheiros de aquário para estes peixes, os companheiros e o hobbista estão sentando numa bomba-relógio ativada.

5. Hoje em dia os flowerhorns encontraram um jeito de serem autênticos reprodutores, diferente dos papagaios. As pessoas estão reproduzindo diferentes flowerhorns juntas. Vamos tomar como exemplo um peixe FH1 como sendo um flowerhorn desenvolvido cruzando um trimaculatum e um red terror, e outro flowerhorn FH2 desenvolvido cruzando um trimaculatum com um redheaded. Se FH1 e FH2 procriarem, o resultante será um novo tipo. Um demônio dando origem a um demônio de outro tipo. Imagine o quão terrível o futuro do hobby poderá ser.

6. Flowerhorns amadurecem sexualmente por volta de 10cm e a partir daí eles irão colocar em torno de 200 ovos a cada seis meses. Se a taxa de produção aumentar demais e encher os aquários, para onde irão as espécies puras? Um dia as lojas de aquarismo se tornarão lojas de flowerhorns. Em muitos países asiáticos isso já aconteceu.

Pesadelo para a natureza:
A maior ameaça que essas criaturas monstruosas possuem é contra o mundo natural. Este peixe é tido como sendo um peixe do feng-shui. Um calo maior e boa coloração se acredita que traga boa sorte, então também se acredita no inverso. Quando um flowerhorn perde seu calo ou sua cor acredita-se que ele irá trazer má sorte. Então, muitos proprietários simplesmente jogam os flowerhorns em cursos d'água próximos, e estes "Frankenpeixes" (como o dr. Ron Coleman os chama) tomam conta de todo o ecossistema daquele particular curso d'água. Muitos flowerhorns são criados sendo alimentados com peixes vivos. Quando um peixe de 28cm criado com tal dieta é introduzido num curso d'água, o resultado é óbvio.

Aqui está um estudo de caso:

Existe um pequeno lago chamado Ammapet na minha localidade (no estado de Tamil Nadu, India) com uma área em torno de 4 quilômetros quadrados. Muitos barbos, peixes mosquito (Gambusia spp.), alguns poucos ciclídeos nativos asiáticos como o Etroplus maculatus (mexerica) e o Etroplus suratensis, e uma rica vegetação de hidras e outras ervas aquáticas chamam este lago de casa. Alguns flowerhorns foram soltos neste lago por alguns hobbistas. Estes flowerhorns cresceram até em torno de 30cm neste ambiente selvagem e se reproduziram ali. As espécies menores incluindo os mexerica viraram almoço. Cromídeos verdes (Etroplus suratensis) foram perseguidos e massacrados por estas criaturas agressivas. Não havia peixes para se alimentar da vegetação, e o nível da água caiu drasticamente. Não haviam mais os peixes mosquito para se alimentar dos ovos e o lago se tornou um ponto de reprodução de mosquitos. O equilíbrio ecológico inteiro do lago foi arruinado por apenas um punhado de flowerhorns.

Histórias similares a esta tem se tornado comuns na Malásia. Quase todos os cursos d'água foram infestados com este peixe, embora ainda não há registros deste peixe entrando nas florestas tropicais da Malásia. Mas no futuro se estes demônios encontrarem um caminho para as florestas então espécies altamente ameaçadas como a aruanã asiática (Scleropages formosus) já presente no CITES Apêndice I, e outros peixes nativos irão desaparecer.

Conclusão:
Aquários devem ser considerados como versões em miniatura de ambientes naturais. Mesmo que não consigamos estabelecer perfeitos ecossistemas em nossos aquários, podemos tentar prover ambientes o mais próximo possível dos habitats naturais para apreciar a sua beleza.

Se você quer comprar um flowerhorn apenas por causa do calo nupcial, dê uma olhada no peixe chamado Frontosa (Cyphotilapia frontosa), um ciclídeo do lago Tanganyika. Quando em pequenos grupos num aquário grande o suficiente o macho dominante desenvolve um calo que nenhum flowerhorn irá produzir.

Se cor é o que você procura num peixe, dê uma olhada no ciclídeo redheaded (Cichlasoma synspilum). Ele possui todas as cores do arco-íris.

Se você deseja marcas pretas, um trimaculatum (Cichlasoma trimaculatum) tem um padrão distinto.

Se você está procurando por brilho, considere o ciclídeo Texas (Cichlasoma cyanoguttatum).

Se existem espécies naturais que tem todas as características que alguém espera em termos de extrema beleza, porque optar pelo que foi criado pelo homem? Existem mais de 1500 espécies de ciclídeos na natureza e centenas com uma beleza exuberante e personalidades encantadoras disponíveis para o hobby. Esta disponibilidade é rica o suficiente para preencher as necessidades de qualquer um. Vamos respeitar a Mãe Natureza. Fazer algo terrível não é difícil mas as consequências terão de ser enfrentadas. Pelo que sabemos, apenas um planeta possui a capacidade de criar, suportar e continuar um fenômeno chamado Vida. Não vamos menosprezar este fato.

Então, pare de comprar híbridos, e se você cruzar com algum, não hesite em matá-los. Mesmo se sua consciência não permitir que você o mate nunca o jogue em qualquer curso d'água. Nós como espécie temos o poder de conservar as criações da natureza mas não temos o direito de redesenhá-las. Então diga não aos híbridos, peixes hormonados e espécies geneticamente redesenhadas. Lembre-se, se a compra parar, a produção também irá parar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Jack Dempsey Azul ou Jack Blue

Nome Popular: Jack Dempsey, Jack Dempsey "Blue", Jack Dempsey "Neon Blue"

Outros nomes conhecidos: Heros octofasciatus, Chichlasoma hedricki, Cichlasoma biocellatum, Cichlasoma octofasciatum

Nome Científico: Nandopsis octofasciatum

Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Origem: Pântanos e águas com pouco movimento na Guatemala, Yucatán e Honduras

Dimorfismo sexual
O macho possui nadadeira dorsal e anal pontiaguda, A parte superior de sua nadadeira dorsal é vermelho escuro. Na fêmea a parte superior da nadadeira dorsal é de cor menos brilhante. Os sexos também podem ser identificados pela forma da papila genital. No macho é pontiagudo e na fêmea é redonda.

Sociabilidade: Territoriais, intolerantes o peixe esconde-se frequentemente e pode comer plantas. Formam casais rapidamente, possuem famílias núcleo e são bons pais.
Manutenção recomendada:
Precisam de uma grossa camada de areia fina e tocas feitas de pedra ou raízes para se esconder. É recomendado plantas flutuantes para a cobertura.

Reprodução: Reproduz bem em água ligeiramente alcalina (ph entre 7.0 e 7.5) e dureza de água entre média e dura (8 a 12dGH). A temperatura deve estar entre 26 a 28 graus. A fêmea deposita entre 500 a 800 ovos cuidadosamente em uma rocha/pedra limpa. Os alevinos são mantidos em buracos, cuidadosamente guardados e supervisionados pelos pais.

Alimentação: Todo tipo de comida viva, suplementos a base de algas e vegetais, ração especializada em flocos ou granulada.

Notas especiais: A espécie tem sido mantida por muitos anos em aquários europeus pelo nome de Cichlasoma biocellatum. Esse erro foi descoberto em 1975 por KULLANDER.

Temperatura ideal: 22 a 25 graus
PH Ideal: 7.0 a 7.5
GH Ideal: De 8 a 12 dGH
Tamanho do peixe adulto: Até 20cm
Tamanho aquário recomendado: 90cm
Região do aquário: Meio e fundo
Dificuldade de criação: (1 a 4)
3: Aquaristas avançados

Mexirica

(Etroplus maculatus)

Habitat: Ásia
Família: Ciclídeos
ph: 7,5 - 8,0
Temperatura: 24 - 27ºC
GH: 3 - 5
Tamanho: 9 cm
Manutenção: Média
Agressividade: Territorialista
Aquário mínimo: 100 litros
Alimentação: rações em geral e alimentos vivos. São peixes onívoros, isto é, comem alimentos de origem animal e vegetal. Portanto, não é recomendado colocá-los em aquários plantados.
Características: São um pouco tímidos e assustados, mas não a ponto de ficarem escondidos o tempo todo e baterem contra o vidro quando fogem.
É o único gênero de ciclídeo asiático conhecido. Possui uma cor alaranjada muito viva. É o tipo do peixe que vistoria todos os cantos do aquário, costumando ser agressivo com outros peixes menores
Reprodução: A reprodução é ovípara ocorrendo a desova em grutas ou pedras. Uma dica é colocar o Mexerica em cardume

Frontosa

Biótopo:
Lago Tanganyika - Cyphotilapias

Distribuição Geográfica / População:
Endémico da zona nordeste do lago.

Características da água:
Água do lago
- PH: 8.8 a 9.3
- Condutividade: 550 µS/cm a 600 µS/cm
- Temperatura: 24ºC a 28ºC

Água do aquário
- PH: 8.0 a 9.0
- KH: 4 a 10 dKH
- GH: 10 a 15 dGH
- Temperatura: 24ºC a 26ºC

Alimentação:
Á imagem das restantes Cyphotilapias São carnivoros, comem todo o tipo de comida.
No seu meio meio natural comem outros peixes como cyprichromis e invertebrados. São naturais predadores no seu meio natural.

Em aquário comem todo o tipo de comida congelada desde Krill, camarão, larvas, coração de boi e todo o tipo de granulado.

Dimorfismo Sexual:
Enquanto juvenis são dificeis de distinguir os machos das femeas.

Só por volta dos 2 anos de idade é que atingem a maturidade sexual e começam então as primeiras posturas.
Tal como nos restantes ciclideos o mumero de ovos / alevins por postura aumenta com o avançar da idade.
Depois os machos tendem a ganhar ligeiramente a coloração azul mais carregada e semelhante a todas as Cyphotilapias, desenvolvem na parte superior da cabeça uma grande bossa.

Distinguem-se dos restantes frontosa pela longa, e bem definida lista, que abrange todo o olho.

Tamanho Máximo:
No lago e em estado adulto passam os 30 Cms.

Em aquário podem atingir este tamanho desde que este seja grande o suficiente.

As femeas são sempre mais pequenas do que os machos. em adulto essa diferença pode ser superior a 10cms.

Comportamento:
É um peixe melhor mantido em cardume pois tende a ficar mais á vontade, perder um pouco a sua agressividade e assim o aquáriofilista disfruta melhor do comportamento deste magnifico ciclideo. Caso seja mantido num aquário comunitário tendem a esconder-se e a ficarem isolados num refúgio.

Os machos entre eles são agressivos até haver um dominante depois há o respeito natural da hierarquia.

Nos peixes selvagens, e devido ao seu instinto, tendem a atacar e a predar os restantes habitantes do comunitário.

Reprodução:
São incubadores bocais, em tudo idênticos aos Mbunas do lago Malawi. São peixes de "harem" ou seja devem ser feitas colónias com base num rácio de 1M para 5F. A reprodução é também feita em T e a femea guarda os ovos por um período entre 22 e 25 dias.

Dependendo do tamanho da femea, esta pode guardar até 50 ovos, alguns casos até mais, cabe depois ao aquáriofilista decidir se deixa a femea levar a incubação até ao fim, onde reduz o número de ovos que chegam a alevins, ou se faz a incubação artificialmente
onde o número de ovos que chega a alevins é bem maior. De refrir que os ovos são enormes quando comparados com os de outros ciclideos de menor porte.

Tamanho mínimo do aquário:
Para disfrutar em pleno deste magnifico ciclideo o aquário deve ter no minimo cerca de 800Lts, no entanto é possivel mante-los em aquários mais pequenos, especialmente enquanto no estado de alevins e juvenis, e até porque demoram bastante a crescer e a atingir a maturidade sexual.

Outras Informações:
Esta espécie do género Cyphotilapia tem apenas 6 barras em contraste com a Cyphotilapia frontosa, mais difundida no hobby, que tem 7 barras (note-se que isto é contando a barra que está sobre o olho). Esta é uma espécie que aguarda classificação e que muitas vezes é confundida com a sua congénere Cyphotilapia frontosa