sexta-feira, 30 de março de 2012

Pintado


Pseudoplatystoma corruscans
Nome Popular: Surubim Pintado, Spotted sorubim, Cachara, Surubim, Sorubim, Pintado
Família: Pimelodidae
Distribuição: América do Sul, bacia do São Francisco e Paraná
pH: 6.0 – 7.6 dureza: – temperatura: 22º – 30ºC
Tamanho médio: 120 cm de comprimento e 20 kg de peso
Sociabilidade: Pacífico, predador
Manutenção: Fácil
Zona do aquário: Fundo
Aquário mínimo: Recomendado somente para aquários públicos ou lagos de grande porte
Alimentação: Carnívoro, piscívoro. Aceita praticamente qualquer tipo de alimento, mas deve-se fornecer alimentos vivos periodicamente
Características: Peixe de hábito noturno, é um grande predador. Migratório, costuma ficar oculto entre as raízes submergidas de árvores esperando alguma presa, predam quase que exclusivamente peixes e por isso são chamados de piscívoros.

Bastante comprido horizontalmente, com cabeça em forma de pá plana; estremidades da nadadeira caudal é curvado para dentro. Sua coloração é bastante confundida com outras espécies do gênero, principalmente quando juvenil, uma vez que possuem coloração cinza característica em seus flancos, quando adultos surgem pontos negros na região dorsal.

Bastante apreciado na pesca comercial e esportiva, mas deve-se ter cuidado ao manuseá-lo devido a presença de forte espinhos nas nadadeiras peitorais e dorsal.

Reprodução: Desconhecido em cativeiro; em seu ambiente natural realiza migrações para cabeceiras dos rios para desovar; normalmente entre Dezembro e Fevereiro.



quinta-feira, 29 de março de 2012

Tucunaré


O Tucunaré é um peixe de água ácida 6.2 originalmente, e vive bem em um pH próximo de até 7.2 (mesmo levemente alcalino).

A decoração pode ser à base de pedras grandes e troncos, mas sempre lembrando de evitar arestas cortantes e pontas afiadas. Com um animal rápido como o tucunaré, os danos são ainda piores. Plantas são muito apreciadas (mesmo artificiais).

Eu não recomendo dourados em aqua, nem convivendo com nada. Crescem demais e são muito ativos e agressivos, sem mencionar a "mania" de darem umas mordiscadas nos peixes e fazerem um belo estrago. Traíras são uma combinação complicada... Se forem pequenas, virarão lanche. Se forem grandes, podem tentar lanchar o tucunaré, sem falar que as mordidas fazem grande estrago.

Iluminação moderada, preferencialmente com plantas flutuantes ou que cheguem à superfície (mesmo artificiais, repito), de modo a oferecer um local abrigado da luz para os tucunarés. Isso os deixa muito mais calmos e menos propensos a pularem do aqua.

Filtragem... A mais intensa possível. São peixes grandes, que se alimentam de matéria animal e produzem muitos compostos nitrogenados, logo impõem um grande bioload ao sistema.

Alimentação... Presas vivas são uma necessidade, ainda que de forma esporádica. Não há nenhuma ração que possa suprir a "carência emocional" de um predador, e a intensificação das cores dos tucunarés após se alimentarem de presas vivas é algo impossível de ser contestado. A maioria dos espécimes aceita alimentos "mortos", frescos, e alguns aceitam ração industrializada, mas nenhum tucunaré perde o instinto de caça nem recusa uma presa viva.

A melhor forma de manter um tucunaré é adquirir um espécime bem jovem, que crescerá no ambiente do aqua e ficara menos propenso a pular e aos "acessos" comuns nos espécimes maiores, onde o peixe chega a se jogar contra os vidros e a decoração, podendo machucar-se seriamente.

São animais de baixa agressividade, apesar de serem excelentes predadores. Isso significa que aquilo que não cabe na boca normalmente é deixado em paz, sendo a agressividade mais direcionada a outros tucunarés, sendo da mesma espécie ou não.

As companhias mais indicadas são espécies de médio a grande porte, claramente maiores que suas bocas, e de agressividade moderada.

Costumes:
Têm hábitos diurnos. São as únicas espécies de peixes da Amazônia que perseguem a presa, ou seja, após iniciar o ataque, não desistem até conseguir capturá-las, o que os torna um dos peixes mais esportivos do Brasil.

Existem em média 15 especie de Tucuranés ele crecem de 50cm até 100cm, entre eles tem:

Tucunaré Comum (Cichla temensis) tamanho médio aproximadamente 90 cm e peso de 13 kg.
Tucunaré Borboleta (Cichla orinocensis) tamanho médio 50 cm de comprimento e 3 kg de peso.
Tucunaré Mono (Cichla monoculus) tamanho médio 50 cm de comprimento e 3 kg de peso.
Tucunaré Kelberi (Cichla kelberi) tamanho médio 60 cm de comprimento e 4 kg de peso.
Tucunaré Azul (C. piquiti) tamanho médio aproximadamente 100 cm e peso de 15 kg.
Tucunaré Paca (C. temensis) tamanho médio 70 cm de comprimento e 5 kg de peso.
Tucunaré Açu (C. pinima) tamanho médio aproximadamente 100 cm e peso de 15 kg

Nome popular: Tucunaré
Família: Cichlidae Ciclídeos
Origem: Bácia Amazônica
Tamanho máx: 100cm
Ph: 6.2 a 7.2
Temperatura: 25ºC a 30ºC
Aquário mínimo: acima de 500L
Alimentação: Carnivoro predador
Reprodução: Machos adultos apresentam calombo na testa, que se acentua na época de reprodução, as fêmeas são menores, possuem coloração mais discreta e formas mais arredondadas
Observações: Relativamente agressivo, come peixes pequenos

Logicamente, só adquira um espécime jovem de tucunaré se possuir um "plano B" para quando ele crescer mais, ou seja, um aquário maior, aquário público, outro aquarista ou mesmo a panela. Nem pensar em soltar um Tucunaré mantido em cativeiro na natureza.

terça-feira, 27 de março de 2012

Lambari

Origem: Bácia Amazônica até sudeste do Brasil
Ph: 6.2 até 7.5
Tamanho máx: 12 cm
Aquário min: 100 l

Peixe bem ativo de comportamento pacifico, esse é um peixe de cardume por isso deve ter no mínimo 5 exemplares em um aquário. E existem 3 espécies diferentes de Lambari a diferença é apenas as nadadeiras exemplos abaixo:
Lambari comum - Ele tem as nadadeiras prateadas
Lambari Red - Ele tem as nadadeiras vermelhas
Lambari Yellow – Ele Tem as nadadeiras amarelas

O Lambari é um peixe calmo, porém se colocar apenas um no aquário e depois de um tempo colocar outro o primeiro vai matar o outro então nunca colocar apenas um.
Não é um peixe muito popular aqui no Brasil ele é um peixe pouco valorizado, é muito usado por pescadores para servir como isca, e também é vendido nas lojas como alimento para carnívoros maiores.

OBS: O Lambari dessa foto é uma matriz yellow com 10 cm.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Apisto Cacatua


Este esplêndido ciclídeo anão, cujo tamanho pode chegar a até 9 cm em machos adultos, tem como origem a América do Sul, sendo encontrado em ecossistemas lóticos (água corrente) e lênticos (água parada) do Alto Amazonas (Brasil, Peru e Colômbia). É uma espécie onívora, come de tudo, mas se quiser incentivar a reprodução e manter seu apisto saudável e com belas cores é recomendado oferecer alimentos vivos ao menos uma vez na semana - podem ser daphnias, artêmias, enquitréias, larvas de mosquito, etc. Também é recomendado oferecer ração complementar à base de vegetais/algas visando aumentar a variedade da alimentação e ressaltar a coloração azul (quando for o caso).

Este é um dos apistos mais conhecidos no aquarismo devido ao comportamento e cores exuberantes. Apesar da ampla faixa de pH (6.0 a 7.5), apreciam águas mais ácidas. Um aquário ideal para esta espécie deve possuir troncos e folhas, formando esconderijos, substrato fino e fácil de ser cavado (areia ou basalto nº.0), plantas flutuantes para ajudar a criar mais áreas de sombras, temperatura um pouco mais elevada - a partir dos 26°C - e água bem mole. O tamanho mínimo do aquário para apenas um casal é de 30 litros, já para um aquário comunitário 50 litros.

São peixes territoriais e agressivos com outros da mesma espécie ou formato e coloração parecidos. O casal deve ser sempre mantido em aquário próprio e sem outros peixes, no caso de aquário comunitário é recomendado manter apenas o macho sozinho. Com os outros peixes costumam ser pacíficos.

Existem diferentes variedades de Apistogramma cacatuoides, a "triple red" por possuir coloração vermelha e mosaico nas nadadeiras dorsal, anal e caudal, a "Double Red" com mosaicos e cor vermelha nas nadadeiras dorsal e caudal, "Orange Flash" nadadeiras dorsal, caudal e anal sem mosaicos e cor laranja, "White gold" com o corpo amarelado e até mesmo uma com mosaicos nas nadadeiras ventrais, anal, dorsal e caudal. Mesmo dentre os peixes desta variedade podem haver colorações um pouco diferentes, algumas mais puxadas para o azul, outras para o amarelo, para o vermelho e por aí vai.

O macho é maior, mais colorido, apresenta a nadadeira ventral maior, pontas das nadadeiras anal, dorsal e caudal finas (esta última apresentando duas pontas), os raios da nadadeira dorsal são maiores e o ventre é retilíneo. Além disso, o macho possui os lábios bem desenvolvidos. A fêmea possui coloração amarelada, pontas das nadadeiras anal, dorsal e caudal arredondadas, ventre roliço, é menor que o macho e dependendo da ocasião apresenta uma faixa negra vertical nas nadadeiras ventrais e um único ocelo negro no meio do corpo.

O ritual de reprodução começa quando o macho e a fêmea formam casal e escolhem um local para desovar, geralmente este é bem escondido com o casal tendo preferência por troncos, raízes e outros objetos que formem tocas. Eles irão limpar o lugar, cavar, enfim... deixar tudo pronto para a desova, em casos de aquários plantados com camada fértil corre-se o risco deles cavarem além da conta e atingirem essa camada. O macho exibirá suas cores ao máximo, apresentará as nadadeiras eriçadas e nadará perto da fêmea apresentando movimentos erráticos, com leves tremores, nadando e parando constantemente. Quando está pronta para desovar, a fêmea apresenta o ovopositor bem visível, cores fortes - normalmente puxada para o amarelo - e a desova ocorre geralmente à noite com uma quantidade de ovos variável, mas normalmente numerosa e de coloração laranja. A fêmea deposita os ovos e o macho os fertiliza logo em seguida. A fêmea fica cuidando dos ovos - agitando as nadadeiras para que a água circule por entre eles, retirando os ovos não fecundados ou atacados por fungos - até que eclodam alguns dias depois.

Logo após a eclosão os filhotes ainda ficam no local da desova e vão se alimentando do resto do saco vitelino, alguns dias depois a fêmea começa a trazê-los para fora da "toca", mas sempre sob seu cuidado atento. A partir deste momento podemos iniciar a alimentação dos pequenos: infusórios, nauplios de artêmia, ovos de artêmia sem casca, ração específica para alevinos de ovíparos, etc., conforme os filhotes forem crescendo alimentos vivos maiores podem ser oferecidos. Durante este período a fêmea fica com coloração amarela bem forte e muito agressiva com o macho, portanto o recomendado é retirá-lo do aquário para evitar o estresse de ambos. Os pequenos ficam agrupados e sempre perto da mãe, aos poucos vão se aventurando pelo aquário e por isso mesmo é bom manter a entrada do filtro (se for o externo) coberta com perlon para evitar acidentes.

À partir de 1 mês de idade os filhotes já podem ser separados da mãe, ou então assim que ela começar a dar sinais que não está mais cuidando deles. Por volta dos 6 meses de idade os filhotes já atingem maturidade sexual e podem começar a reproduzir, mas a coloração final do macho leva mais tempo que isso. O sexo dos filhotes não é determinado quando eles nascem, a proporção de machos e fêmeas pode variar até o 35º dia de vida, o pH é o principal fator que influencia na quantidade de machos e fêmeas em uma ninhada. A água com pH mais ácido gera mais machos e com o pH mais alcalino gera mais fêmeas.