Família: Loricariidae
Origem: América do Sul / Bacia do Rio Xingu
Sociabilidade: Sozinho, Casal
Ph: 5.8 a 7.2
Dureza da água: mole a média
Temperatura: 25ºC a 29ºC
Expectativa de vida: Cerca de 8 a 10 anos
Manutenção: Fácil
Tamanho adulto: Aproximadamente 20 a 25 cm
Alimentação: Onívoro com tendência a herbivorismo, se quiser incentivar a reprodução e manter seu cascudo saudável, complemente sua dieta oferecendo – além das rações específicas para peixes de fundo – alimentos de origem vegetal, como por exemplo: abóbora, pepino, abobrinha, alface, couve, vagem, ervilha, batata (ocasionalmente), etc. Alimente seu cascudo pouco antes de apagar as luzes do aquário.
Dica Alimentação: RsDiscus: As seguintes rações atendem às necessidades alimentares desta espécie – JBL Novo Fect Tabletes, JBL Premium Tabis, Sera Plankton Tabs, Sera Spirulina Tabs, Sera Viformo, Sera Vipachips, Tetra Min Tropical Tablets, Tetra Veggie Algae Wafers Extreme. Lembre-se de sempre alternar as rações para oferecer uma dieta rica e variada.
Dimorfismo Sexual: É mais fácil sexá-los quando os vemos por cima, a fêmea costuma ter o ventre um pouco mais roliço que o do macho, os machos são maiores e mais robustos, apresentam odontodes (pequenos “espinhos”) nas nadadeiras peitorais e ao longo de parte do corpo. Importante: estas características aparecem em peixes no final do estágio juvenil e em adultos, a diferença sexual entre filhotes é mais difícil de ser observada.
Comportamento: São peixes territoriais com os da mesma espécie e semelhantes e pacíficos com os demais, podem ser facilmente mantidos em aquários comunitários, desde que com companheiros compatíveis.
Reprodução: Separe o casal em um aquário próprio para a reprodução, sem outros peixes que possam importuná-los ou tentar comer seus ovos e filhotes, ofereça alimentação reforçada (incluindo proteína animal) e quando a fêmea estiver visivelmente mais roliça (cheia de ovos), realize uma troca de água volumosa – cerca de 50% – e levemente mais fria, aumente a vazão da filtragem criando uma leve correnteza e aumentando a oxigenação. Repita o procedimento até que a fêmea desove.
Geralmente o macho cuida da desova, desde sua postura até a eclosão.
Os ovos, por sua vez, são aderentes e eclodirão dentro de alguns dias, após a eclosão, os alevinos irão consumir o saco vitelino, depois podem ser alimentados com nauplios de artêmia, microvermes, infusórios, ração específica para alevinos de ovíparos. Recomenda-se usar filtro interno de espuma ou então colocar perlon na entrada de água do filtro externo para evitar sugar os filhotes quando em aquários próprios para reprodução.
Tamanho mínimo do aquário: 250 litros.
Outras Informações: Do Latim, Scobis = “serragem” e do Grego, agkistron= “gancho”. O epíteto específico - aureatus - refere-se ao douradodas faixas presentes nas bordas das nadadeiras.
Estes peixes apresentam sua coloração de forma vívida apenas quando mantidos em ambiente ideal, peixes em situação estressante (baterias de lojas, logo após o transporte, etc) podem apresentar coloração muito pálida, que é facilmente revertida ao ser transferido para um local com parâmetros e necessidades adequadas à espécie.
A maioria dos cascudos vive junto ao substrato, infelizmente, este comportamento frequentemente leva ao erro de serem comprados e/ou vendidos como peixes que se alimentam de restos encontrados pelo aquário e que irão "limpar o fundo" do seu aquário. Embora eles se alimentem de pedaços de ração que cheguem ao substrato, não o mantém "limpo". Na verdade, a manutenção do substrato se torna ainda mais importante quando você mantém cascudos no aquário! Eles podem desenvolver sérias infecções nos barbilhões (aqueles filamentos que ficam ao redor da boca) quando mantidos em contato com substratos sujos ou em condições adversas.
Existe uma grande variedade de rações específicas para peixes de fundo (já citadas na parte destinada à alimentação deles), elas devem ser a base da alimentação dos seus cascudos, nada de deixá-los se alimentando apenas de restos!
Apresentam raios duros nas nadadeiras, peitorais e dorsal, que servem como defesa contra predadores e não são raros os casos em que, ao manter peixes muito grandes junto com cascudos menores, os mesmos fiquem presos na boca do predador podendo levá-los à morte ou a infecções terríveis causadas pelos ferimentos. Existem vários relatos em fóruns de aquarismo, onde peixes grandes como o Apaiari (Oscar) tentou comer um cascudo de porte menor e acabou entalado, resultando na morte do cascudo e até algumas vezes na do próprio ciclídeo guloso.
Portanto, cuidado com os companheiros de aquário! Nada de deixá-los com peixes que apresentem bocas grandes o suficiente para tentar engolí-los.
O aquário ideal deve possuir um substrato fino que não machuque seus delicados barbilhões nem permita o acúmulo de detritos que possam contribuir para deteriorar a qualidade da água, sendo, neste caso, a areia o mais indicado. Caso opte por usar cascalho de rio – que possui granulometria maior – lembre-se sempre de sifonar bem o fundo para evitar o acúmulo de detritos. Folhas e troncos também são recomendados, a iluminação não deve ser muito forte e, apesar da ampla faixa de pH e GH, preferem águas mais ácidas e moles.
É extremamente importante o monitoramento dos parâmetros da água, para isto são recomendados os testes periódicos de pH, GH, KH, Amônia, Nitrito e Nitrato. Existem produtos que testam certos parâmetros constantemente, sem que o aquarista necessite fazê-los a toda hora e que permitem um monitoramento 24 horas, são eles o Seachem Ammonia Alert e Seachem pH Alert.
Igualmente importante é a manutenção constante da temperatura da água para evitar quedas bruscas que podem levar à debilitação do sistema imunológico do animal e ao surgimento de doenças. Esta manutenção é atingida com o auxílio de aquecedores e/ou termostatos – sendo os últimos mais recomendados, por possuírem um mecanismo que controla a temperatura evitando assim o aquecimento excessivo da água do aquário – e ela é monitorada utilizando-se termômetros que podem ser tanto internos quanto externos.
São peixes ditos "de couro" e possuem uma camada muito mais fina (podendo até mesmo estar ausente) de muco epitelial externo, não suportam a presença de sal na água (NaCl), pois ele pode facilmente levá-los à morte por desidratação rapidamente devido à grande diferença osmótica criada, à qual não estão adaptados e não são capazes de enfrentar!!!